Introdução
A África é um continente de grandes
contrastes. Foi nele que, segundo as evidências científicas de que dispomos
hoje, surgiu a espécie humana. Sua população, em 2011, beirava 1 bilhão de
habitantes. Para facilitar a navegação dividimos o mapa do continente africano
em três partes: Ocidente, Oriente e Sul.
África Oriental
A África Oriental é a parte da África
banhada pelo Oceano Índico e inclui, não só os países costeiros e insulares,
Comores, Djibouti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Seychelles, Moçambique, Somália e
Tanzânia, mas também alguns do interior, como Burundi, Ruanda e Uganda, além de
Zimbabwe, Zâmbia e Malawi, herdeiros independentes da antiga Federação da
Rodésia e Niassalândia, são igualmente incluídos nesta definição de sub-região
estatística da ONU.
Por vezes, Sudão e Egipto são também
considerados parte da África Oriental. Além disso, Madagáscar e países da
África Austral, são também considerados parte da África Oriental.
A África Austral, também chamada de
África Meridional ou Sul de África é a parte sul de África, banhada pelo Oceano
Índico na sua costa oriental e pelo Atlântico na costa ocidental.
Organizações regionais
Estes países estão associados em
várias organizações:
- No Mercado Comum da África Oriental
e Austral (COMESA - Common Market of Eastern and Southern Africa),
- Na Comunidade para o Desenvolvimento
da África Austral (SADC é a sigla do nome da organização em língua inglesa:
Southern Africa Development Community),
- Na Comunidade da África Oriental
(EAC - East African Community) uma união política, social e económica com uma
história que remonta à colonização e que agrupa três estados: Quénia, Tanzânia
e Uganda
História da África Oriental
A divisão da África em regiões não se
baseia apenas em critérios geográficos, mas também históricos e políticos. É
necessário conhecer a história da África para compreender esta região, a África
Oriental, tão diversificada e rica em culturas, povos, paisagens naturais e
línguas.
Do ponto de vista
histórico-geográfico, todos os actuais países africanos que são banhados pelo
Oceano Índico – desde a Somália à África do Sul – partilham uma longa história
de contactos entre si e povos de outros continentes, principalmente da Ásia,
com os quais tiveram relações desde os primeiros tempos da história.
No entanto, essa história de contactos
não se limita aos povos que viviam nas regiões costeiras de África, uma vez que
era no interior do continente que se encontrava a maior parte dos recursos que
faziam parte dum alargado comércio: primeiro, o ouro, depois o marfim e,
finalmente, os escravos. Por isso, a “região” incluiu sempre, não só os países
costeiros, mas também países como a fértil Etiópia, o rico Zimbabué e o imenso
Congo.
Com a colonização europeia da África,
a África Oriental passou a ser administrada fundamentalmente pelo governo
britânico. Mas com bolsas de dominação para os países que participaram na
Conferência de Berlim 1885 – Portugal reteve Moçambique (África Oriental
Portuguesa), a Alemanha o Tanganica, e a Bélgica o Congo Belga (hoje República
Democrática do Congo), o Ruanda e o Burundi, depois da derrota da Alemanha na
Primeira Guerra Mundial.
No entanto, mesmo o poderoso Império
Britânico precisava de subdividir o seu domínio para melhor o administrar. Uma
dessas subdivisões foi a “East Africa High Commission”, que integrava as
colónias do Quénia e Uganda; mais tarde, com a derrota da Alemanha na Primeira
Grande Guerra, o Tanganica foi também incorporado. Esta subdivisão histórica
deu origem à Comunidade da África Oriental, que teve uma história complexa,
depois das independências, mas foi recentemente reabilitada pelos três países
como uma organização de integração sub-regional.
Para os Estados Unidos, e
principalmente para os afro-americanos, a África Oriental é percebida como o
conjunto dos países e povos que falam kiSwahili, novamente incluindo não apenas
os três países da Comunidade da África Oriental mas também o Ruanda, o Burundi,
o leste do Congo e o norte do Malawi e de Moçambique.
África Ocidental
A África Ocidental é uma região no
oeste da África, que inclui os países na costa oriental do Oceano Atlântico e
alguns que partilham a parte ocidental do deserto do Saara.
Os países que são normalmente
considerados parte da África Ocidental são:
Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa
do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger,
Nigéria, Senegal, Serra Tigresa e Togo.
Os países insulares desta região e
alguns do Golfo da Guiné, normalmente considerados parte da África Central, são
para alguns efeitos, incluídos nesta sub-região:
Camarões, Chade, República do Congo,
Guiné Equatorial, Gabão e São Tomé e Príncipe.
Antigas fronteiras coloniais formaram
a base das atuais fronteiras entre estes países, muitas vezes dividindo
culturas e etnias entre vários países.
A sub-subregião que estabelece a
transição entre o deserto do Saara e a região equatorial é denominada Baculejo.
Organizações regionais
15 países desta região encontram-se
unidos numa organização de integração regional, a Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental (ou ECOWAS, da sua denominação em inglês, Economic
Community of West African States).
Por outro lado, sete destes países
agregam-se na União Económica e Monetária dos Estados da África Ocidental, com
a sigla UEMOA, e partilham a mesma moeda, o franco CFA.
Conclusão
A África é o terceiro continente mais
extenso (atrás da Ásia e da América) com cerca de 30 milhões de quilômetros
quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. É o segundo
continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) com cerca de um bilhão de pessoas
(estimativa para 2005 ), representando cerca de um sétimo da população mundial,
e 54 países independentes.
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