quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A Importancia do Reconhecimento da Personalidade Jurídica

Os direitos da personalidade são normalmente definidos como o direito irrenunciável e intransmissível de que todo indivíduo tem de controlar o uso de seu corpo, nome, imagem, aparência ou quaisquer outros aspectos constitutivos de sua identidade. Dessa forma, os direitos da personalidade vinculados de forma indissociável ao reconhecimento da dignidade humana, qualidade necessária para o desenvolvimento das potencialidades físicas, psíquicas e morais de todo ser humano.
A evolução do reconhecimento e da consequente proteção jurídica do Direito da Personalidade do homem é fruto do desenvolvimento da própria sociedade, na medida em que o amparo jurisdicional voltado a esse fundamental direito apresenta-se caracterizado em cada fase da história.  

Personalidade jurídica

Personalidade jurídica é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres. Ideia ligada à de pessoa, é reconhecida atualmente a todo ser humano e independe da consciência ou vontade do indivíduo: recém-nascidos, loucos e doentes inconscientes possuem todos, personalidade jurídica. Esta é, portanto, um atributo inseparável da pessoa, à qual o Direito reconhece a possibilidade de ser titular de direitos e obrigações.
Também é atribuída a indivíduos morais, constituídos por agrupamentos de indivíduos que se associam para determinado fim ou por um patrimônio que é destinado a uma finalidade específica.
O direito se manifesta na história como uma força viva, que germina no seio dos povos desde a sua idade primitiva, que se desenvolve e transforma no tempo e no espaço, segundo uma lei lógica das evoluções. É manifesto que não se poderá bem compreender o direito no seu estado atual sem recorrer aos estados anteriores. Por esse motivo, é indispensável fazer uma sucinta leitura histórica do processo das transformações na ordem política, filosófica e jurídica mundial.
As mais remotas civilizações por uma ordem legal divina, até a moderna filosofia do direito natural legaram à humanidade alguns temas que vieram a influenciar diretamente o pensamento e a sua concepção de que o ser humano, pelo simples fato de existir, é titular de alguns direitos naturais inalienáveis.
 Na filosofia clássica, especialmente na greco-romana, e no pensamento cristão encontram-se as origens dos valores da dignidade da pessoa humana, da liberdade e da igualdade dos homens.
A personalidade jurídica é qualidade inerente à pessoa jurídica, sendo determinante para o reconhecimento desta perante o ordenamento jurídico.

O instituto da pessoa jurídica é uma técnica de separação patrimonial. Os membros dela não são os titulares dos direitos e obrigações imputados à pessoa jurídica. Tais direitos e obrigações formam um patrimônio distinto do correspondente aos direitos e obrigações imputados a cada membro da pessoa jurídica. 

Com efeito, a importância do reconhecimento consiste na personalidade, ou seja, 
ser titular de direitos e obrigações.

História

Nem sempre a personalidade jurídica foi universalmente reconhecida a todos os seres humanos. No direito romano, o escravo era considerado coisa, desprovido da aptidão para adquirir direitos; se participasse de uma relação jurídica, fazia-o na qualidade de objeto, não de sujeito. A condição do escravo não foi muito diferente ao longo da história, enquanto persistiu aquele instituto.
No passado, alguns países previam o término da personalidade devido à "morte civil", que ocorria quando uma pessoa perdia a aptidão para adquirir direitos, por exemplo, ao tornar-se escravo ou ao adotar uma profissão religiosa (na Idade Média).

Natureza

Os doutrinadores não costumam considerar a personalidade jurídica como um direito em si, mas entendem que dela derivam direitos e obrigações. O patrimônio conjunto das situações jurídicas individuais economicamente apreciáveis, por exemplo, é uma projeção econômica da personalidade. Há também os chamados "direitos da personalidade", relativos ao indivíduo e somente a ele, como o seu nome, estado civil, condições familiares e a sua qualidade de cidadão.

Começo e fim

Em geral, entende-se que a personalidade jurídica tem início com o nascimento com vida. A este binômio, alguns países acrescentam a exigência de que o nascido com vida seja viável (isto é, esteja apto a continuar a viver), ou que tenha "forma humana". A personalidade das pessoas jurídicas começa com a sua constituição, geralmente feita mediante registro junto às autoridades competentes.
O simples fato de existir atribui ao homem probabilidade de ser titular de direitos e, a isso, é dado o nome de personalidade. Ademais, o direito reconhece os atributos da personalidade com o sentido de universalidade, afirmando que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, sem qualquer distinção de idade, condição social.
A personalidade do indivíduo acaba com a morte. 

A Natureza do Reconhecimento da Personalidade



Para que fosse possível ao indivíduo a observância de um regramento organizador da sociedade, o Estado tem também de proteger elementos inerentes à própria natureza humana, como a vida, a liberdade, a integridade física e psíquica, a igualdade e a identidade pessoal, pressupostos para o exercício dos demais direitos previstos no ordenamento jurídico.
O homem, enquanto ser social, depende do convívio com os seus semelhantes para a viabilidade de suas ações. A vida em sociedade é necessária, consequentemente, para a manutenção de nossa própria sobrevivência, uma vez que os interesses e necessidades dos indivíduos são satisfeitos com a troca de serviços, bens ou informações.
Desde as primeiras civilizações até a atual sociedade capitalista e consumista, os homens travam relações econômicas, negociais, políticas, culturais e familiares entre si para suas existências em relação aos demais indivíduos e à própria natureza.
Para a possibilidade da vida em sociedade, contudo, fez-se preciso o estabelecimento de regras de conduta. As iniciativas humanas não poderiam ser determinadas unicamente pela vontade de cada um, sobpena de não prosperar a ordem indispensável para a predominância da estrutura social. As regras que se fizeram forçosas, para que fossem aceitas por todos, deveriam provir do ente possuidor de legitimidade para tal.
O Estado, na condição de instituto destinado à organização da sociedade e ao oferecimento do bem comum, tem como um de seus deveres a produção das normas jurídicas determináveis a todos. Em um Estado Democrático de Direito, são existentes, válidas e eficazes todas as normas produzidas concordantes com a Constituição, Lei Maior resultante da vontade social tanto de definir parâmetros a serem seguidos pelas autoridades no exercício de suas atividades como de assegurar interesses gerais e garantias consideradas fundamentais para a convivência dos indivíduos em sociedade.
Todo o conjunto normativo desenvolvido pelo Estado, todavia, só tem razão de ser a partir do momento em que se considera objeto de tutela jurídica a proteção de elementos à própria natureza humana. Nesse sentido, a vida, a liberdade, a integridade física e psíquica, a igualdade e a identidade pessoal são alguns dos pressupostos para o exercício dos demais direitos previstos em ordenamento jurídico.
Constitui a personalidade a capacidade abstrata do indivíduo de possuir direitos e contrair obrigações na ordem civil. Os Direitos da Personalidade, extensão privada da garantia dos direitos individuais, são oponíveis e essenciais ao resguardo da dignidade humana. Caracterizam-se também por serem universais, absolutos, imprescritíveis, intransmissíveis, irrenunciáveis e vitalícios, pois se apresentam impassíveis de limitações ou restrições.
A personalidade, nesse sentido, deve ser concebida como um valor ilimitado a ser tutelado, tendo-se em vista que os Direitos da Personalidade têm como referência a própria noção de pessoa, rica em conteúdo axiológico. A positivação dos direitos é por demasiado simples para abranger toda a matéria necessária para a efetiva proteção da pessoa em sua individualidade.
Na aplicação do direito para a proteção do grande número de projeções da pessoa humana, em seus aspectos físicos, psíquicos e intelectuais, não se deve adotar apenas a concepção legalista, propositora de uma idéia extremamente restritiva da idéia de pessoa. A orientação a ser seguida é aquela que se baseia por uma fórmula geral e ampla que leve em conta a plenitude de significados encerrados na noção de personalidade.
Assegurar o desenvolvimento da proteção jurídica da personalidade dentro de um espaço social complexo parece ser uma das principais dificuldades da atualidade. As constantes invenções científicas nas mais diversas áreas do conhecimento trazem muitas vezes, por não estarem identificadas com uma visão humanista, ameaças e lesões aos atributos personalíssimos do homem, tais como sua imagem, intimidade, integridade psíquica, etc. O crescimento científico e econômico adquire sucesso, em muitos casos, em detrimento das garantias individuais e dos direitos personalíssimos assegurados pelo ordenamento jurídico a todo cidadão.
A proteção da dignidade da pessoa humana e o respeito a todos os aspectos físicos, psíquicos e intelectuais de cada ser humano são as matérias fundamentais para a construção de uma sociedade consciente do valor inestimável das garantias individuais e dos Direitos da Personalidade para a manutenção do equilíbrio entre o aspecto individual e o social. A busca desse equilíbrio identifica-se com o objetivo maior do Direito de promover a justiça nas relações humanas em sociedade.

Importância dos Direitos da Personalidade

Nos dias atuais, a proteção da dignidade da pessoa humana tornou-se uma necessidade imediata, as constantes invenções científicas em vastas áreas do conhecimento geram, cada vez mais, ameaças e lesões aos atributos personalíssimos do homem contemporâneo.
Diante dessa realidade, os direitos da personalidade tornaram-se tema de grande importância, alcançando posição de destaque tanto na doutrina quanto nas legislações.
Entretanto, a relevância, hodiernamente, reconhecida aos direitos da personalidade é produto de um longo processo evolutivo que remonta a tempos imemoriais, podendo-se inclusive dizer que teriam, reflexamente, sofrido a mesma evolução da noção de pessoa.
Em decorrência dessa constatação é premente o estudo da influência da filosofia personalista, na conformação do conceito de pessoa e consequentemente no desenvolvimento teórico dos direitos da personalidade.

Conclusão

Os direitos humanos, decorrentes da condição humana e das necessidades fundamentais de toda pessoa humana, referem-se à preservação da integridade e da dignidade dos seres humanos e à plena realização de sua personalidade.
Em que pese as normas legais vigentes e entendimentos doutrinários diversos quanto à proteção, conclui-se que o simples fato de existir atribui ao homem probabilidade de ser sujeito de direitos e obrigações e, a isso, é dado o nome de personalidade.
Ao longo do tempo, a necessidade de proteger a pessoa humana e de realizar suas potencialidades no meio social fincou seus pilares tanto na esfera pública quanto na privada. Contudo, a esfera pública teve premência em seu desenvolvimento, pois surgira como defesa essencial do individuo em face do Estado.

Bibliografia

http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/1222/1166
http://jus.com.br/artigos/11200/a-natureza-e-o-reconhecimento-dos-direitos-da-personalidade
http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/anais/salvador/zoraide_sabaini_dos_santos_amaro.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Personalidade_jur%C3%ADdica


Um Mundo de Diferenças

 Cada pessoa vê, sente, interpreta e se adapta aos acontecimentos do dia dia de maneira diferente. Isto ocorre em função de diferenças na formação, vivencia, cultura e personalidade de cada um. Por conter todos os tipos possíveis de indivíduos, o que é muito positivo, a sociedade se beneficia da diversidade, que garante inovações e criatividade, fatores que contribuem para que não haja estagnação.

Viver Requer Aprendizado


Num mundo com tantas diferenças, tantas formas de ver o mundo e cada pessoa enxerga o mundo do seu jeito, isso é o que fascina este lindo planeta, as diferenças. Até porque se fossêmos todos iguais, ficaríamos muito sem graça. Mas, apesar de tudo, temos o dever de se respeitar.

Cada pessoa tem seus pontos de vista, suas crenças, seus gostos, enfim, cada um é especial. É fascinate essa diferença, mas, infelizmente, temos de tudo nesse mundo, tudo mesmo. E o preconceito é uma das partes ruins nesta situação.

O preconceito pela diferença racial, sexual e de crença, gera muitos conflitos. Tem até certos grupos que se reunem para agredir, as vezes até matam pessoas, porque se sentem ofendidos por não pensarem iguais a eles.

Somos todos seres humanos, apesar dos variados tipos de pessoa, porém, mesmo que não gostemos de uns certos tipos de diferenças, precisamos respeitá-las para nos tornarmos pessoas mais compreênsíveis e acima de tudo, melhores.

Paz, a maioria dos seres humanos sonham em viver num mundo repleto de paz, harmonia, amor, felicidade e respeito. Porém, a realidade é outra completamente diferente, mas para tornarmos esse sonho realidade, primeiramente, necessitamos de uma boa educação, e educação vêm de casa. Portanto, educar os filhos, pais, irmãos e parentes, na esperança de um mundo melhor, sem violência.

Respeitar as Diferenças

Se você olhar para o lado, vai ver que ninguém é igual a ninguém. Nem precisa ser adulto para entender isso. Veja: tem gente branca, tem gente negra, tem gente magra, tem gente gorda, tem gente com pinta e sarda, tem gente de cabelo liso, tem gente de cabelo enrolado. Alguns gostam de rock, outros de pagode e sucessivamente.
Isso acontece porque cada pai e cada mãe é diferente dos outros e, claro, vai "produzir" filhos com as suas características. Como os pais são diferentes uns dos outros, também vão criar seus filhos de maneira desigual.
É nesse mundo cheio de diferenças que temos de viver. Aprender todos juntos é mais divertido do que andar sozinho. Por isso, vamos acabar com esse negócio de zombar dos outros na escola. Criar apelidos maldosos para mexer com alguém só traz inimizades, e não diversão.
Quase todo mundo já fez isso. O colega cai e todo mundo acha graça, ao invés de ajudá-lo. Isso é muito feio.
Nada de implicar com quem é mais alto, mais baixo, mais magro ou mais gordo. Se ninguém gosta de ser motivo de piada, por que fazer dos outros motivos de piada?
Incluir um amiguinho na sua turma é muito melhor do que se juntar a três ou quatro para rir de alguém. Seja amigo de todos e procure sempre ajudar quem precisa. Fazendo isso, você vai receber em dobro só coisas boas: amizade, carinho, amor e respeito.

Como viver com as diferenças


Saber dizer não, Saber dizer sim. Discordar e também concordar. Tudo ao seu tempo. Só assim o breve vira eterno, o velho se renova e o mundo se transforma.

Em um mundo cada vez mais globalizado e sem fronteiras, tornam-se cada vez mais reconhecível e complexa as diversidades existentes no planeta. Diferentes culturas, etnias, raças e tantas outras diversidades, são fatores que constitui um universo cada vez mais colorido, mais cheio de brilho, mas encantador... e lamentavelmente, cada vez menos harmônico. 
As diferenças são claras, podem ser percebidas no teatro e no cinema, podem ser interpretadas nas novelas da TV, mostrada nos telejornais, assistidas em uma partida de futebol, observadas a vida ou até mesmo em casa ou no trabalho, com quem se convive tanto tempo da vida.
Tão claras quanto as percepções, são as dificuldades em conviver com tantas diferenças. Mesmo com tantas riquezas de diversidades, o homem trava consigo uma busca incansável pela satisfação pessoal, aflora o seu egoísmo e acaba excluindo tudo aquilo que julga não lhe ser conveniente. 
Essas concepções colocadas em prática, dificulta o entendimento e o relacionamento humano, fere os direitos dos outros e agride a identidade de diferentes culturas. É certo que o desafio de conviver com as diferenças é uma tarefa árdua, mas precisa ser encarada como uma necessidade humana, pois ao respeitar o próximo, certamente abriremos espaços para que as nossas diferenças também sejam respeitadas.
 Bom seria se as pessoas aprendessem a respeitar os seus semelhantes como eles realmente são, independentemente de cor, raça, sexo... Todos os homens são iguais. É só pensando desta forma que certamente construiremos um mundo sem preconceitos, fraterno e cada vez mais encantador.

As diferenças estão em todo lugar, o que a torna, ao mesmo tempo, inexistente. Cabe a cada um de nós saber tolerar as individualidades e mais ainda, abrir os olhos para o mundo ao nosso redor.

Aprendendo a viver na diversidade
Ações educativas sem julgamentos preconceituosos, que promovam o respeito ao "diferente" e ajudem na formação de cidadãos tolerantes são possíveis e devem ser colocadas em prática.

Na vida cotidiana, os processos de comparação e discriminação estão sempre presentes. Desde a infância aprendemos a comparar e a separar o grande do pequeno, o bonito do feio, o certo do errado, o normal do anormal. Mesmo o sábio poeta Fernando Pessoa já tendo dito que "nada sabemos da alma, senão da nossa; as dos outros são olhares, são gestos, são palavras, com a suposição de qualquer semelhança [ou diferença] no fundo", julgamentos discriminatórios fazem parte do dia-a-dia de crianças e adultos.
  
Uma atenção especial a essa tarefa da escola é fundamental, pois, inadvertidamente, pais e professores podem permitir a reprodução da discriminação e até acentuá-la, tendo em vista que há uma forte tendência de organizarmos nossas ideias e práticas a partir daquilo que é comum, igual e homogêneo.

 Estamos todos habituados a buscar as semelhanças e a valorizá-las, muito mais do que as diferenças, mesmo elas sendo tão presentes. A própria Ciência se constrói sobre a busca da regularidade, da estabilidade e, embora este esforço seja necessário, por vezes acaba ficando obscurecida a importância da diversidade e da variação, inclusive como forma de garantir a continuidade da vida em um mundo que muda constantemente.

A história recente da Educação e, em particular, da Educação Especial, mostra que há diferentes dispositivos para fomentar o desenvolvimento de práticas inclusivas de atenção à diversidade. Na base de todos eles está uma política educacional que estabeleça diretrizes, metas e objetivos voltados para a inclusão, além de garantir as condições mínimas para o alcance desses objetivos e metas.

De início, é necessário desenvolver uma cultura de inclusão e de respeito à diversidade dentro e fora da escola. Para realmente ocorrer, a cultura de inclusão requer o envolvimento da sociedade organizada e do Estado.




Condições de aprendizagem


Em princípio, é necessário entender que não há alunos normais, há apenas alunos: os tipos e graus de necessidade que cada indivíduo tem para aprender são diferentes e, mais do que dividi-los em categorias "x" e "y", é necessário verificar, sempre, quais são os limites do próprio professor para lidar com tal diversidade.
A partir daí, é possível equilibrar a demanda com diferentes números de alunos em classe, para que haja diferenciação de programação e de conteúdo naquilo que não pode ser aprendido da mesma forma por todos.

Ou seja, não há nada mais injusto do que tratar todo mundo igualmente, se as necessidades são diferentes. A distribuição da atenção precisa ser qualitativamente equilibrada.

O planejamento de atividades feito a partir do reconhecimento dos objetivos a serem alcançados e das peculiaridades dos alunos, aliado à disposição de verificar o resultado das atividades são também relevantes, quando se deseja criar reais condições de aprendizagem numa perspectiva inclusiva. É importante que os objetivos sejam encarados não como "conteúdos" a serem transmitidos, mas como competências a serem promovidas nos aprendizes, e que se busquem alternativas quando os resultados do processo não forem satisfatórios.
   
Apesar dessas práticas pontuais e diárias serem fundamentais quando se pensa em cultura escolar e diversidade, os pesquisadores, de modo geral, acreditam que mais do que construir atividades específicas para integrar e respeitar a diversidade, é fundamental que cada prática educativa esteja coerentemente voltada para a inclusão de todos. Ou seja, não são apenas os alunos ditos "especiais" que precisam ser incluídos, mas todos os alunos de uma turma. E nesse ponto, uma relação saudável e respeitosa com as famílias, buscando nelas uma complementação e a troca de informações e ideias, pode ser uma condição muito propícia para a criação de ambientes de aprendizagem capazes de atender à diversidade.

Com relação aos pais, instigados pela escola devem propor grupos de estudo, atividades integradas, selecionar e trocar leituras, filmes e outros recursos educativos pró-inclusivos a serem utilizados com os filhos. Os pais precisam também compreender que a maneira como se comportam deve ser coerente com o próprio discurso sobre tolerância e respeito à diversidade.

Educação inclusiva e cidadania


As práticas inclusivas quando bem conduzidas e efetivas cumprem o importante papel de preparar todas as crianças, desde a mais tenra infância (e também os adultos!) para uma atuação cidadã, de respeito e tolerância às diferenças. A educação inclusiva é parte do processo de construção de uma nova cultura escolar comprometida com uma sociedade mais justa para todos.

O papel da Educação é formar pessoas como cidadãos capazes de produzir bem-estar para si e para aqueles que convivem consigo. Precisamos aprender não apenas a conviver com a diversidade como se fosse uma deferência nossa para com os mais diferentes, mas a desejá-la, promovê-la e respeitá-la como uma benção, um prêmio da Natureza.

Já paramos para pensar em como é a forma que nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor?  O que esperamos delas?  O que elas esperam de nós? O que esperamos de nós mesmos com relação a elas?
Gostaríamos de ser únicos e originais, ou que os outros pensassem e sentissem como nós. Consideramos importante a nossa escala de valores  e não ficamos dispostos a olhar e entender os critérios do outro. Porém, cada pessoa  tem o seu jeito de ser e uma história de vida própria somente por ela experimentada. Talvez  seja difícil tolerarmos as diferenças porque assim nos sentiríamos muito solitários e desamparados.
Uma das maiores dificuldades de convivência entre as pessoas se baseia no fato do ser humano se apresentar um ser social por natureza e, simultaneamente, um ser egocêntrico. Por sermos sociais, somos incapazes de viver sozinhos no mundo e, por sermos egocêntricos, somos incapazes de conceder aos nossos semelhantes as mesmas regalias que nos concedemos.
Muitas vezes esperamos tanto dos outros, que frequentemente nos sentimos frustrados ou ficamos na expectativa que o outro aja de acordo como nós agimos. Precisamos nos conscientizar  de que  todas as pessoas são diferentes de nós, que elas têm o direito de ver a vida e enxergar situações de uma maneira diferente da nossa.
É certo que o desafio de conviver com as diferenças é uma tarefa árdua, mas precisa ser encarado como uma necessidade humana, pois ao respeitar o próximo, certamente abriremos espaços para que as nossas diferenças também sejam respeitadas.
Quando tentamos nos colocar no lugar do outro, buscando entender e compreender o outro abrimos uma porta para que a outra pessoa também tente nos entender e compreender. Somente assim poderemos realmente construir bons relacionamentos, em todos os âmbitos: amizade, profissional, familiar e amoroso.
Se tivermos essa consciência e nos colocarmos com uma real disposição para ver e respeitar todas essas diferenças, vamos parar de agir como se o outro fosse nossa extensão ou como se fosse nós mesmos.
Sempre que se fala na importância do diálogo, é comum as pessoas pensarem logo num relacionamento amoroso, mas na realidade a boa comunicação tem que existir em todos os nossos relacionamentos.
Para evitar  incompreensões, mágoas, decepções, brigas..., precisamos refletir, ouvir, conversar, avaliar o que pensam todos aqueles que são importantes para nós. A única maneira de tornar sólida qualquer relação, é com sinceridade, generosidade, respeito, afeto... , e com um desejo real de conhecer o outro e suas necessidades.

O DESAFIO DE CONVIVER COM AS DIFERENÇAS



Há uma grande dificuldade em se conviver com as diferenças sejam elas raciais, econômicas, culturais, religiosas ou físicas. Dessa forma, dificulta-se também o relacionamento humano, acentuando-se o preconceito, gerando a exclusão.
É de extrema importância saber lidar com as diferenças como também é uma necessidade humana aceita-las para uma melhor convivência com o próximo. Dessa forma, espera-se com esse projeto que os educandos reflitam as atitudes que cada um deve ter na construção de um mundo mais justo com mais amor, compreensão e menos violência.
Nenhum ser humano é uma ilha, precisa conviver com o outro. Então, se faz necessário a participação de todos os alunos da escola. É importante ressaltar que o jovem, nesse momento da vida está formando sua personalidade e mais tarde irá saber conviver e respeitar o próximo.


Em suma dentre tantas diferenças, ricos, pobres, felizes, infelizes, negros, brancos, índios, todos estes estão buscando as mesmas coisas; o direito de viver, de poder respirar sem que seja preciso se esconder. O maior desafio de nossas vidas é viver com dignidade, hoje no mundo em que vivemos cheio de desigualdades.
Temos que ser herois para podermos vencer todos os obstáculos pelo qual encontramos no mundo. Para que possamos conseguir vencer o desafio de viver neste mundo de diferenças.

Bibliografia


http://www.clickciencia.ufscar.br/portal/edicao20/materia1_detalhe.php
http://atrevidas.arteblog.com.br/24070/Desafio-de-viver-num-mundo-de-diferencas/
http://cultcarioca.blogspot.com/2013/01/o-desafio-de-conviver-com-as-diferencas.html
http://www.artigos.com/artigos/humanas/educacao/como-viver-com-as-diferencas-12998/artigo/#.U_i2ssVdVDs
http://www.arazao.net/vamos-viver.html

http://capaciteredacao.forum-livre.com/t800-tema-o-desafio-de-se-conviver-com-a-diferenca-por-favor-preciso-que-corrijam-essa-redacao-urgente

O Jovem e o Desejo de Descubrir a Sua Identidade Pessoal

A necessidade de o jovem assumir compromissos e colocar-se frente à vida adulta significa uma profunda mudança de seu papel no mundo, levando-o a questionamentos, dúvidas e incertezas, no período da adolescência, o jovem reconstrói seu universo interno e cria relações com o mundo externo.
A identidade é o que permite ao sujeito tomar consciência de sua existência, o que se dá através da tomada de consciência de seu corpo (estar no espaço e no tempo), de seu saber (seus conhecimentos sobre o mundo), de seus julgamentos (suas crenças), de suas ações (seu poder fazer). A identidade implica, então, a tomada de consciência de si mesmo.

A Busca da Identidade na Adolescência


Meninos e meninas passam a contestar o que os adultos dizem. Ora falam demais, ora ficam calados. Surgem os namoricos, as implicâncias e a vontade de conhecer intensamente o mundo. Os comportamentos variam tanto que professores e pais se sentem perdidos.

A inconstância, nesse caso, é sinônimo de ajuste. É a maneira que os jovens encontram para tentar se adaptar ao fato de não serem mais crianças nem adultos. Diante de um corpo em mutação, precisam construir uma nova identidade e afirmar seu lugar no mundo. Por trás de manifestações tão distintas quanto rebeldia ou isolamento, há inúmeros processos psicológicos para organizar um turbilhão de sensações e sentimentos.

Isso ocorre porque a imagem simbólica que ele tem do corpo ainda é carregada de referências infantis que entram em contradição com os desejos recém-descoberta. É como se o psiquismo do jovem tivesse dificuldade para acompanhar tantas novidades. São encanações típicas da idade e que precisam ser acolhidas.
O jovem deve ficar à vontade para tirar dúvidas e conversar sobre o que ocorre com seu corpo sem que sinta medo de ser diminuído ou ridicularizado. Além disso, ele necessita de privacidade e, se não quiser falar, deve ser respeitado.
O afastamento dos pais revela a necessidade de outros modelos

A dificuldade em lidar com o corpo está diretamente relacionada à nova relação que o jovem tem de construir com seus pais. Isso porque, na adolescência, o amadurecimento seja revivido.
Na adolescência, restos mal resolvidos podem vir à tona. Surge daí a necessidade inconsciente de buscar outros modelos de homem e mulher além do pai e da mãe. O distanciamento também é uma forma de reelaborar a imagem idealizada dos pais e provar que não se é mais criança.
Esse comportamento serve para que o adolescente exercite a definição de uma identidade baseada em experiências mais amplas. Isso não quer dizer que o adolescente não possa ter saudade da dependência infantil e de comportamentos que aludam a ela. Mas, uma vez nessa fase, ficam cada vez mais constantes as saídas em grupo e a oposição verbal e física às referências paternas e maternas.
Na sala de aula, é importante estabelecer limites quando o adolescente adota uma postura de confronto para se afirmar ou quando transforma o professor em referência masculina, feminina ou de comportamento. No primeiro caso, deve-se escutar o que o adolescente tem a dizer - valorizar sua voz é abrir as portas do diálogo -, mas também apontar as normas de conduta da instituição e do convívio civilizado. No segundo, a melhor saída é chamar a atenção para aquilo que há de positivo no comportamento do próprio jovem. Assim, ele poderá começar a reconhecer nele mesmo traços da identidade que constrói.

No mundo interno, o peso do julgamento dos outros diminui


Tantas descobertas fazem o adolescente ter de remanejar constantemente as novas relações socioafetivas que incorpora à vida. Ele descobre que lidar com o olhar do outro, com um corpo que não para de se desenvolver e com conflitos sobre sua própria identidade gera angústias que precisam de tempo e espaço para serem elaboradas.
 Ele pode rever tudo o que se passa num espaço próprio, a salvo do julgamento dos outros. Esse contato com a subjetividade é essencial para sedimentar suas vivências - desde que o adolescente não substitua as relações do dia a dia por um isolamento permanente. Nesse caso, professores e pais devem se aproximar, já que a ruptura com a infância pode deixar um vazio depressivo muitas vezes perigoso.
O fato é que, apesar de ser um processo difícil, confuso e doloroso, a adolescência é um período em que se descobre como usar novas ferramentas emocionais para se relacionar com o mundo. À medida que integra as concepções que grupos, pessoas e instituições têm a respeito dele, compreendendo e assimilando os valores que constituem o ambiente social, o jovem reforça o sentimento de identidade. A escola tem um papel fundamental nesse processo. Ela jamais deve reduzir o comportamento do adolescente à pecha de rebeldia. Integrá-lo e respeitá-lo são as melhores formas de educar seres humanos confiantes e sadios.

A importância da Identidade Pessoal no contexto da integração social

No relacionamento que os seres humanos têm entre si, surgem interacções mais significativas e outras que o ser tende a desvalorizar. Este facto acontece em função da identidade pessoal de cada ser. A Identidade Pessoal é sujeita desde muito cedo a interacções com o meio que a rodeia.
A identidade constrói-se por referência á alteridade, em relação ao outro que se percepciona e nos dá a imagem de nós mesmos. Estas duas componentes vão-se construíndo nesse processo de interacção onde o indivíduo percorre o seu caminho, explorando o “nós” e o outro que vai descobrindo. O sujeito ganha a consciência do seu “eu” em contraste com os outros, e assimila a identidade do grupo com o qual se identifica, como sua.
Finalmente o ser reconstrói-se na sua perspectiva mais própria, na sua perspectiva colectiva ou de grupo e por último na perspectiva do “outro”, e tudo o que julgava ter como certo, como as suas representações e opiniões, modificam-se. Neste contexto do relacionamento inter-pessoal, surge a intersubjectividade, sendo esta uma condição da vida social pois permite a partilha de sentidos, experiências e conhecimentos “entre sujeitos”.
Desta intersubjectividade surge então a integração social, na sociedade, nos grupos da escola e nos grupos de rua. Esta nova Geração está envolta em grande polémica, pois houve uma alteração dos valores que não agradaram aos mais antigos e cuja preocupação se tem vindo a revelar crescente. A ganância disfarçada e a sede de poder afirmam-se cada vez mais entre os jovens e valores como o altruísmo vão sendo desvalorizados.
A Identidade Pessoal surge então como base essencial do sucesso e da realização pessoal, sendo que a tarefa principal do ser humano é identificar-se, construir-se, reconstruir-se e integrar-se nos vários contextos.
Acredita-se que as mudanças corporais, ao nível físico, são relativamente universais, com algumas variações. Um exemplo disso é a menstruação nas meninas, não se conhece cultura em que esse fato não ocorra; podem-se variar as datas mas nunca deixar de acontecer.
A construção da identidade é social e acontece durante toda, ou grande parte, da vida dos indivíduos. Desde o seu nascimento o homem inicia uma longa e perene interação com o meio em que está inserido, a partir da qual construirá não só a sua identidade, como a sua inteligência, suas emoções, seus medos, sua personalidade, etc. Apesar de alguns traços desenvolvimentais serem comuns a todas as pessoas, independente do meio e da cultura em que estejam inseridas (como é o caso, por exemplo, da menstruação nas meninas ou do nascimento dos pelos nos meninos), há determinadas características do desenvolvimento que se diferem em grande escala quando há diferenças culturais. A construção da identidade é um desses fatores relacionados ao desenvolvimento que tem íntima, senão total, dependência da cultura e da sociedade onde o indivíduo está inserido.
Em alguns momentos podemos observar certas crises de identidade durante o desenvolvimento da mesma. É o que acontece, por exemplo, com a maioria dos adolescentes das sociedades atuais, que precisam resolver essas crises para solidificarem aspectos de sua identidade pessoal e social.

Um resgate histórico da adolescência

Para que possamos entender, exatamente, o conceito atual de adolescência e a consequente crise de identidade relacionada à mesma, pensamos que seja necessário um resgate histórico do termo pois esse é, sem dúvida, derivado de movimentos da história.
Todo termo adquire melhor sentido quando embasado historicamente, pois a história lhe oferece a base conceitual e evolutiva, legitimando-o.  Há inúmeras pesquisas, na área da Educação, que pecam por carecer de bases históricas que introduzam o assunto contido no problema de pesquisa e dão a impressão de estar falando de algo que se encerra em si mesmo; que sempre existiu ou que surgiu em determinada época remota (não se sabe qual) mas que isso não influencia o seu conceito. Não pretendemos correr o mesmo risco.
Iniciaremos nosso resgate focando nosso olhar sobre um dos mais ricos impérios (em todos os sentidos)  de que se teve notícia o romano. O nascimento de um romano não era o suficiente para que esse ocupasse um lugar no mundo. Era necessário que o pai o quisesse e o recebesse para que, então, iniciasse  sua educação e consequente colocação na aristocracia romana. Tão logo nascia a criança era entregue a uma nutriz que ficava responsável pela educação da criança até a puberdade, educação essa que era extremamente rígida, tendo como objetivo a formação do caráter.
 Somente aos 14 anos o jovem romano abandonava as vestes infantis e passava a ter o direito de fazer o que um jovem gostava de fazer; aos 17 anos podia entrar para  a carreira pública, como o exército. Não havia um marco que separasse  a criança do adolescente pois isso era decidido pelo pai, quando esse pensava ter chegado à hora do impúbere abandonar as vestes de criança e tomar as vestes de homem.
Durante a Idade Média também não se viu nascer nenhum período de transição entre a infância e a idade adulta, o chamado jovem era o recém entrado no mundo adulto, o que era feito através da barbatoria, cerimônia que se seguia ao primeiro barbear do rapaz, sendo que o pêlo era a prova de que a criança tornara-se homem e, então, a qualidade da agressividade poderia ser cultivada, objetivando a boa formação do guerreiro.
É no século XVIII que aparecem as primeiras tentativas de se definir, claramente, a adolescência. Mas é somente no século XX que vimos nascer o adolescente moderno típico exprimindo uma mistura de pureza provisória, força física, espontaneidade e alegria de viver, o que tornou o adolescente o herói do século XX  o século da adolescência. A partir de então, passou a haver interesse sobre o que o adolescente pensa, faz e sente. Definiu-se claramente a puberdade e as mudanças psíquicas, para que tivéssemos a imagem do adolescente atual.
Há estudos que nos mostram que a grande maioria das questões ligadas à adolescência está diretamente relacionada ao funcionamento da sociedade em que esse adolescente encontra-se inserido.

A conceituação da adolescência

A primeira idéia que nos surge quando pensamos em adolescência é “transformação”. Alguns autores sublinham as transformações corporais, a chamada puberdade, marcada pelo crescimento rápido, surgimento de pêlos pubianos, mudança na voz dos meninos, aumento dos seios nas meninas, ebulições hormonais levando à explosão da sexualidade, etc.
 Outros as transformações comportamentais, tais como uma suposta rebeldia, um certo isolamento, um apego exagerado ao grupo, adoção de novas formas de se vestir, falar e se relacionar, além de episódios de depressão, tristeza ou euforia.
Acredita-se que as mudanças corporais, ao nível físico, são relativamente universais, com algumas variações. Um exemplo disso é a menstruação nas meninas, não se conhece cultura em que esse fato não ocorra; podem-se variar as datas mas nunca deixar de acontecer.
Já no nível psicológico (principalmente comportamental), há uma vasta diferença de características no que tange às mudanças. Acredita-se que não há nada de universal nas transformações psicológicas que variam de cultura para cultura, de grupo para grupo e de indivíduo para indivíduo. O que há de interessante em nossa sociedade é que, com certeza, a adolescência faz nascer um novo referencial, é como um novo nascimento: só que agora é o “recém-nascido” quem deve escolher o nome!
E dá início à transformação que levará a um outro ser, mais livre, mais bonito (segundo algumas estéticas) e dotado de asas que lhe permitirão voar. Se a lagarta pensa e sente, também o seu pensamento e o seu sentimento se transformarão. Serão agora o pensar e o sentir de uma borboleta. Ela vai ter um outro corpo, outro astral, outro tipo de relação com o mundo. 

A crise de identidade própria da adolescência

O período da adolescência é marcado por diversos fatores mas, sem dúvida, o mais importante é a tomada de consciência de um novo espaço no mundo, a entrada em uma nova realidade que produz confusão de conceitos e perda de certas referências. O encontro dos iguais no mundo dos diferentes é o que caracteriza a formação dos grupos de adolescentes, que se tornarão lugar de livre expressão e de reestruturação da personalidade, ainda que essa fique por algum tempo sendo coletiva.
Essa busca do “eu” nos outros na tentativa de obter uma identidade para o seu ego é chamado de “crise de identidade”, o que acarreta angústias, passividade ou revolta, dificuldades de relacionamento inter e intrapessoal, além de conflitos de valores.
A tarefa central de cada período é o desenvolvimento de uma qualidade específica do ego. Dos 13 aos 18 anos a qualidade do ego a ser desenvolvida é a identidade, sendo a principal tarefa adaptar o sentido do eu às mudanças físicas da puberdade, além de desenvolver uma identidade sexual madura, buscar novos valores e fazer uma escolha ocupacional.
Em termos psicológicos, a formação da identidade emprega um processo de reflexão e observação simultâneas, um processo que ocorre em todos os níveis do funcionamento mental, pelo qual o indivíduo se julga a si próprio à luz daquilo que percebe ser a maneira como os outros o julgam, em comparação com eles próprios.
Como vimos, entre os aspectos importantes no desenvolvimento da identidade está o controle vital, ou seja, as fases ou períodos da vida que o indivíduo atravessa até chegar à idade adulta, que são marcados por crises apresentadas como situações a serem resolvidas.
Entre as indispensáveis coordenadas da identidade está o ciclo vital, pois partimos do princípio de que só com a adolescência o indivíduo desenvolve os requisitos preliminares de crescimento fisiológico, amadurecimento mental e responsabilidade social para atravessar a crise de identidade.
Desta forma, o grande conflito a ser solucionado na adolescência só estará terminada quando a identidade tiver encontrado uma forma que determinará, decisivamente, a vida seguinte.
É exatamente essa crise e, conseqüente confusão, de identidade que fará com que o adolescente parta em busca de identificações, encontrando outros “iguais” e formando seus grupos.  A necessidade de dividir suas angústias e padronizar suas atitudes e idéias, faz do grupo um lugar privilegiado, pois nele há uma uniformidade de comportamentos, pensamentos e hábitos.
Com o tempo, algumas atitudes são internalizadas, outras não, algumas são construídas e o adolescente, paulatinamente, percebe-se portador de uma identidade que, sem dúvida, foi social e pessoalmente construída.




Conclusão

O que define um povo não é a demarcação territorial, a cor de sua pele ou sua língua, mas sim um conjunto de características (políticas, sociais, etc.) que faz dele um grupo identidário, diferenciando-o de outros grupos. É a identidade que faz com que um grupo se diferencie do outro, pois propicia a sensação de pertencimento, fazendo com que cada indivíduo divida a sociedade em dois grupos: nós e eles. Os que são como eu e os que não são. Desse modo, sabemos quem somos por sabermos que não somos o outro. A identidade, portanto, é definida pela diferença, estabelecida por uma marcação simbólica relativa a outras identidades.

Bibliografia

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/busca-identidade-adolescencia-jovem-puberdade-538868.shtml
http://dezumdoistres0708.wordpress.com/2008/06/13/a-importancia-da-identidade-pessoal-no-contexto-da-integracao-social/
http://www.patrick-charaudeau.com/Identidade-social-e-identidade.html


Immanuel Kant


Introdução
Immanuel Kant (Konigsberg, 22 de abril de 1724; Konigsberg, 12 de fevereiro de 1804) foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna.
Nascido de uma modesta família de artesãos, depois de um longo período como professor secundário de geografia, Kant veio a estudar filosofia, física e matemática na Universidade de Konigsberg e em 1755 começou a lecionar ensinando Ciências Naturais. Em 1770 foi nomeado professor catedrático da Universidade de Konigsberg, cidade da qual nunca saiu, levando uma vida monotonamente pontual e só dedicada aos estudos filosóficos. Realizou numerosos trabalhos sobre ciência, física, matemática, etc.   

Vida
A paz perpétua
Crítica e sistema
Metafísica e epistemologia de Kant
A Geografia em Kant
Marcos na vida de Kant
Kant nasceu, viveu e morreu em Konigsberg (atual Kaliningrado), na altura pertencente à Prússia. Foi o quarto dos nove filhos de Johann Georg Kant, um artesão fabricante de correias (componente das carroças de então) e da mulher Regina. Nascido numa família protestante (Luterana), teve uma educação austera numa escola pietista, que frequentou graças à intervenção de um pastor. Ele próprio foi um cristão devoto por toda a sua vida.
Passou grande parte da adolescência como estudante, sólido mas não espetacular, preferindo o bilhar ao estudo. Tinha a convicção curiosa de que uma pessoa não podia ter uma direcção firme na vida enquanto não atingisse os 39 anos. Com essa idade, era apenas um metafísico menor numa universidade prussiana, mas foi então que uma breve crise existencial o assomou. Pode argumentar-se que teve influência na posterior direcção.
Competente professor universitário durante quase toda a vida, mas nada do que fez antes dos 50 anos lhe garantiria qualquer reputação histórica. Viveu uma vida extremamente regulada: o passeio que fazia às 15:30 todas as tardes era tão pontual que as mulheres domésticas das redondezas podiam acertar os relógios por ele.
Kant nunca deixou a Prússia e raramente saiu da cidade natal. Apesar da reputação que ganhou, era considerado uma pessoa muito sociável: recebia convidados para jantar com regularidade, insistindo que a companhia era boa para a constituição física.
Por volta de 1770, com 46 anos, Kant leu a obra do filósofo escocês David Hume. Hume é por muitos considerados umempirista ou um cético, muitos autores o consideram um naturalista.
Kant sentiu-se profundamente inquietado. Achava o argumento de Hume irrefutável, mas as conclusões inaceitáveis. Durante 10 anos não publicou nada e, então, em 1781 publicou a "Crítica da Razão Pura", um dos livros mais importantes e influentes da moderna filosofia.
Neste livro, ele desenvolveu a noção de um argumento transcendental para mostrar que, em suma, apesar de não podermos saber necessariamente verdades sobre o mundo "como ele é em si", estamos forçados a percepcionar e a pensar acerca do mundo de certas formas: podemos saber com certeza um grande número de coisas sobre "o mundo como ele nos aparece". Por exemplo, que cada evento estará causalmente conectado com outros, que aparições no espaço e no tempo obedecem a leis da geometria, da aritmética, da física, etc.
Nos cerca de vinte anos seguintes, até a morte em 1804, a produção de Kant foi incessante. O seu edifício da filosofia crítica foi completado com a Crítica da Razão Prática, que lidava com a moralidade de forma similar ao modo como a primeira crítica lidava com o conhecimento; e a Crítica do Julgamento, que lidava com os vários usos dos nossos poderes mentais, que não conferem conhecimento factual e nem nos obrigam a agir: o julgamento estético (do Belo e Sublime) e julgamento teleológico (Construção de Coisas Como Tendo "Fins"). Como Kant os entendeu, o julgamento estético e teleológico conecta os nossos julgamentos morais e empíricos um ao outro, unificando o seu sistema.
Uma das obras, em particular, atinge hoje em dia grande destaque entre os estudiosos da filosofia moral. A Fundamentação da Metafísica dos Costumes é considerada por muitos filósofos a mais importante obra já escrita sobre a moral. É nesta obra que o filósofo delimita as funções da ação moralmente fundamentada e apresenta conceitos como o "Imperativo categórico" e a "Boa vontade".
Os trabalhos de Kant são a sustentação e ponto de início da moderna filosofia alemã; como diz Hegel, frutificou com força e riqueza só comparáveis à do socratismo na história da filosofia grega. Fichte, Hegel, Schelling, Schopenhauer, para indicar apenas os maiores, inscrevem-se na linhagem desse pensamento que representa uma etapa decisiva na história da filosofia e está longe de ter esgotado a sua fecundidade.
Kant escreveu alguns ensaios medianamente populares sobre história, política e a aplicação da filosofia à vida. Quando morreu, estava a trabalhar numa projetada "quarta crítica", por ter chegado à conclusão de que seu sistema estava incompleto; este manuscrito foi então publicado como Opus Postumum. Morrera em 12 de fevereiro de 1804 na mesma cidade em que nascera e permanecera durante toda sua vida. Encontra-se sepultado no Cemitério do Caliningrado, Kaliningradskaya Oblast' na Rússia.
A paz perpétua trata que o direito cosmopolítico deve circunscrever-se às condições de uma hospitalidade universal. Dessa forma, Kant traz no terceiro artigo definitivo de um tratado de paz perpetua, o fato de que existe um direito cosmopolitano relacionado com os diferentes modos do conflito dos indivíduos intervirem nas relações com outros indivíduos. A pessoa que está em seu território, no seu domínio, pode repelir o visitante se este interfere em seu domínio.
No entanto, caso o visitante mantenha-se pacifico, não seria possível hostiliza-lo. Também, não se trata de um direito que obrigatoriamente o visitante poderia exigir daquele que o tem assim, mas sim, de um direito que persiste em todos os homens, o do direito de apresentar-se na sociedade.
O direito de cada um na superfície terrestre pode ser limitada no sentido da superfície. Já o indivíduo deve tolerar a presença do outro, sem interferir nele, visto que tal direito persiste a toda espécie humana. Então, o direito da posse comunitária da superfície terrestre pertence a todos aqueles que gozam da condição humana, existindo uma tolerância de todos a fim de que se alcance uma convivência plena.
Veja que o ato de hostilidade está presente no ato do direito de hospitalidade. Mesmo que o espaço seja limitado, os indivíduos devem se comportar pacificamente com o intuito de se alcançar a paz de convívio mútuo. O relacionamento entre as pessoas está na construção dos direitos de cada um, sendo indispensável para a compreensão do direito cosmopolítico de modo a garantir as condições necessárias para termos uma hospitalidade universal.
Por fim, a não violação do direito cosmopolitano e o direito público da humanidade criará condições para o favorecimento da paz perpetua, proporcionando a esperança de uma possível aproximação do estado pacífico.
Apesar de ter adaptado a ideia de uma filosofia crítica, cujo objectivo primário era "criticar" as limitações das nossas capacidades intelectuais, Kant foi um dos grandes construtores de sistemas, levando a cabo a ideia de crítica nos seus estudos da metafísica, ética e estética.
Uma citação famosa "o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim" é um resumo dos seus esforços: ele pretendia explicar, numa teoria sistemática, aquelas duas áreas. Isaac Newton tinha desenvolvido a teoria da física sob a qual Kant queria edificar a filosofia. Esta teoria envolvia a assunção de forças naturais de que os homens não se apercebem, mas que são usadas para explicar o movimento de corpos físicos.
O seu interesse na ciência também o levou a propor em 1755 que o sistema solar fora criado a partir de uma nuvem de gás na qual os objectos se condensaram devido à gravidade. Esta Hipótese Nebular é amplamente reconhecida como a primeira teoria moderna da formação do sistema solar e é precursora das actuais teorias da formação estelar.
O livro mais lido e mais influente de Kant é a Crítica da Razão Pura (1781). De acordo com o próprio autor, a obra, também conhecida como "primeira crítica", é resultado da leitura de Hume e do seu despertar do sono dogmático, a saber: Kant se perguntou como são possíveis juízos sintéticos a priori? Para responder a essa pergunta, Kant escreveu esse livro portentoso, de mais de 800 páginas.
Na primeira crítica, Kant vai mostrar que tempo e espaço são formas fundamentais de percepção (formas da sensibilidade) que existem como ferramentas da mente, mas que só podem ser usadas na experiência.
Tente imaginar alguma coisa que existe fora do tempo e que não tem extensão no espaço. A mente humana não pode produzir tal ideia. Nada pode ser percebido excepto através destas formas, e os limites da física são os limites da estrutura fundamental da mente. Assim, já vemos que não podemos conhecer fora do espaço e do tempo.
Mas além das formas da sensibilidade, Kant vai nos dizer que há também o entendimento, que seria uma faculdade da razão. O entendimento nos fornece as categorias com as quais podemos operar as sínteses do diverso da experiência.
Contudo, diz Kant, as categorias são próprias do conhecimento da experiência. Elas não podem ser empregadas fora do campo da experiência. Daí porque, na filosofia crítica de Kant, não nos é possível conhecer a coisa em si, ou aquilo que não está no campo fenomenológico da experiência.
Na perspectiva de Kant, há, por isso, o conhecimento a priori de algumas coisas, uma vez que a mente tem que ter estas categorias, de forma a poder compreender a massa sussurrante de experiência crua, não-interpretada que se apresenta às nossas consciências. Em segundo lugar, ela remove o mundo real (a que Kant chamou o mundo numenal ou númeno) da arena da percepção humana.
Kant denominou a filosofia crítica de "idealismo transcendental". Apesar da interpretação exacta desta frase ser contenciosa, uma maneira de a compreender é através da comparação de Kant, no segundo prefácio à "Crítica da Razão Pura", da filosofia crítica com a revolução copernicana na astronomia.

Além de seu trabalho filosófico, Kant também foi professor de Física, Antropologia, Geografia, Lógica, Metafísica outras disciplinas. A contribuição de Kant à Geografia deu-se tanto por seu trabalho como professor geógrafo, quanto também por suas reflexões sobre o papel da Geografia no estudo dos fenômenos naturais, dentro de seu sistema filosófico sobre o conhecimento humano.
O curso de Geografia Física, ministrado por Kant, era ofertado no período inicial dos cursos universitários e tinha como proposta apresentar aos alunos um “sumário da natureza”, ou seja, um quadro geral do saber humano mostrando ser possível conhecer o mundo de uma maneira integrada e sistemática. Esse quadro geral, além de propiciar ao aluno uma base de conhecimentos empíricos, necessários para os raciocínios e pesquisas científicos posteriores de seu curso, também consistiria em um primeiro contato com o que seria uma propedêutica do conhecimento científico do mundo.
Kant nunca publicou um livro específico sobre o seu curso de Geografia. Porém, ao fim de sua vida, permitiu que um antigo aluno publicasse uma obra contendo as notas de sua disciplina. Essa publicação autorizada condensa muito do conhecimento geográfico existente na época de Kant e torna-se um dos livros referenciais na história do pensamento geográfico.
Kant identificava a Geografia em cinco partes, a saber: Geografia Matemática (forma, dimensão, e movimento da Terra), Geografia Moral (os costumes e o caráter do homem em relação ao meio ambiente), Política, Mercantil (comercial), e Teológica (a distribuição das religiões).
Em sua obra filosófica, cumpre destacar duas grandes contribuições à Geografia: a classificação da Geografia como ciência dentro do esquema do conhecimento humano e as obras kantianas que tratam sobre o tema da observação e do estudo dos fenômenos naturais.
Kant nos apresenta duas definições da Geografia. Na primeira, nos define a Geografia como a ciência da diferenciação da crosta terrestre. Na segunda, seria a ciência responsável pela descrição das coisas em termos de espaço. Essa segunda definição será de grande relevância para classificação científica da Geografia dentro do sistema Kantiano, devido à importância da intuição de espaço na teoria do conhecimento de sua obra “Crítica da Razão Pura”.
Enquanto a História seria a responsável pela descrição temporal dos fenômenos, cabe à Geografia a descrição dos dados em sua organização espacial. Essa organização confere um status de especificidade ao método geográfico (descrição espacial), que lhe assegura um lugar no rol das ciências.
Kant também classificou as ciências quanto ao seu objeto, dividindo-as em ciências específicas (de um só objeto) e ciências de síntese, sendo que estas últimas seriam responsáveis por aglutinar e integrar os conhecimentos das demais ciências. À Geografia cabe o título de ciência de síntese dos fenômenos naturais, enquanto à Antropologia cabe o de síntese dos conhecimentos sobre a estrutura humana. Nesse tocante, cabe ressaltar que os fenômenos naturais, objeto da Geografia, abarcavam todos os fenômenos perceptíveis, inclusive a observação da sociedade humana sobre o espaço.
1724 - Kant nasce a 22 de abril.
1740 - Neste ano, Frederico II torna-se Rei da Prússia. Foi um rei que trouxe sinais de tolerância à Prússia, que era uma nação célebre pela disciplina militar. Trouxe iluministas (Voltaire, o mais famoso) para a corte e continuou a política de encorajamento à imigração que o pai tinha seguido.
1746 - Falecimento do pai de Kant. Kant deixou de ter sustento. Teria de encontrar trabalho como professor particular.
1748 - 1754 - Kant dá aulas a crianças em pequenas vilas das redondezas.
1755 - Publicação do Livro "História natural genérica e teoria dos céus". Kant consegue o título de Mestre e o direito a dar aulas na Universidade Alberto. Daria aulas como docente privado. Não pago pela Universidade, mas pelos próprios alunos. Nesse ano, Kant foi influenciado pelo desastre que foi o Terramoto de 1755, em Lisboa/Portugal, em parte pelo resultado de tentar entender a enormidade do sismo e as consequências, publicou três textos distintos sobre o assunto.
1762 - Kant lê as recentes publicações de Rousseau, "Emile" (uma obra filosófica sobre a educação do indivíduo) e o ensaio "Contrato social".
1770 - Kant torna-se professor de Lógica e Metafísica na Universidade, após 14 anos como docente (pago pelos alunos). Kant lê por volta desta altura a obra de David Hume, que o terá despertado do seu "sono dogmático", como ele próprio disse.
1773 - Ironicamente, Frederico II, um protestante, concede refúgio à Ordem dos Jesuítas, banidos pelo Papa.
1774 - Auge do movimento romântico chamado "Sturm-und-Drang". Herder publica "Também uma filosofia da História para educação da Humanidade".
1781 - Kant publica em Maio "Crítica da Razão Pura". A reacção é pouco encorajadora. Moses Mendelssohn e Johann Georg Hamann pronunciam-se com indecisão.
1783 - Kant escreve um artigo intitulado "O que é o Iluminismo?" para a revista "Berlinischen Monatsschrift", como resposta a uma discussão na mesma. Um anónimo tinha escrito que a cerimónia do casamento já não se conformava ao espírito dos tempos do iluminismo. Um pastor perguntou na resposta, que era então o iluminismo. Kant respondeu com o seu artigo.
1788 - Publicação de "Crítica da Razão Prática". Morte do amigo Johann Georg Hamann.
1789 - Início da Revolução Francesa. Kant pronuncia-se inicialmente de forma favorável à Revolução, e sobretudo à secularização resultante, após o qual o Rei da Prússia Frederico Guilherme II da Prússia proíbe Kant de se pronunciar sobre quaisquer temas religiosos.
1795 - Publicação do tratado "Para a paz eterna", na qual surge a perspectiva de um cidadão do mundo esclarecido.
1804 - Com 80 anos de idade, Kant faleceu em Königsberg, depois de prolongada doença que apresentava sintomas semelhantes à Doença de Alzheimer. Já não reconhecia sequer os seus amigos íntimos.

Obras
·         Dissertação sobre a forma e os princípios do mundo sensível e inteligível (1770);
·         Crítica da Razão Pura (1781);
·         Prolegômenos para toda metafísica futura que se apresente como ciência (1783);
·         Ideia de uma História Universal de um Ponto de Vista Cosmopolita (1784);
·         Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785);
·         Fundamentos da metafísica da moral (1785);
·         Primeiros princípios metafísicos da ciência natural (1786);
·         Crítica da Razão Prática (1788);
·         Crítica do Julgamento (1790);
·         A Religião dentro dos limites da mera razão (1793);
·         A Paz Perpétua (1795);
·         Doutrina do Direito (1796);
·         A Metafísica da Moral (1797);
·         Antropologia do ponto de vista pragmático (1798).
·         Prolegómenos a Toda a Metafísica Futura.



Conclusão
Kant é famoso sobre tudo pela elaboração do denominado idealismo transcendental: todos nós trazemos formas e conceitos a priori (aqueles que não vêm da experiência) para a experiência concreta do mundo, os quais seriam de outra forma impossíveis de determinar. A filosofia da natureza e da natureza humana de Kant é historicamente uma das mais determinantes fontes do relativismo conceptual que dominou a vida intelectual do século XX. No entanto, é muito provável que Kant rejeitasse o relativismo nas formas contemporâneas, como por exemplo o Pós-modernismo.
Kant é também conhecido pela filosofia moral e pela proposta, a primeira moderna, de uma teoria da formação do sistema solar, conhecida como a hipótese Kant-Laplace.

Bibliografia


http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant