terça-feira, 16 de setembro de 2014

Gravimetria

Gravimetria na química, consiste em determinar a quantidade proporcionada de um elemento, radical ou composto presente em uma amostra, eliminando todas as sustâncias que interferem e convertendo o constituiente ou componente desejado em um composto de composição definida, que seja suscetível de pesar-se.
Os cálculos são realizados com base no peso atômico e peso molecular, e se fundamentam em uma constância na composição das substâncias puras e das reações químicas.
Na literatura em química analítica, a análise gravimétrica é muitas vezes citada como gravimetria, não devendo ser confundida, contudo, com a gravimetria da Geofísica.

 


Métodos de Análise Gravimétrica


Processo de isolar ou de pesar um composto definido de um elemento na forma mais pura possível. O analito é separado de uma amostra pesada sujeita a análise.
Uma grande parte das determinaçãoes gravimétricas refere-se a transformação de um a Um íon metálico reage com ligante formando um complexo suficientemente estável .
Uma grande parte das determinações gravimétricas refere-se a transformação do elemento a ser determinado em um composto estável e puro que possa ser convertido numa forma apropriada para a pesagem.
Método analítico em que o constituinte desejado é separado da amostra em uma forma pura, com composição química bem definida, que é então pesado. Também pode ser realizada através da perda de peso que ocorre pela evaporação ou volatilização do composto separado dos interferentes.
Neste caso, o analito é convertido em um precipitado pouco solúvel, depois é submetido a filtração, purificação (através da lavagem e aquecimento) e finalmente pesado.
Para que este método possa ser aplicado se requere que o analito cumpra certas propriedades:
·         Baixa solubilidade
·         Alta pureza ao precipitar
·         Alta filtrabilidade
·         Composição química definida ao precipitar

 

 

Volatilização

 

Neste método se medem os componentes da amostra que são ou podem ser voláteis.
O método será direto se evaporarmos o analito e o pesarmos através de uma sustância absorvente que tenha sido previamente pesada assim o ganho de peso corresponderá ao analito analisado.
O método será indireto se volatilizarmos o analito e pesarmos o resíduo posterior à volatilização assim a perda de peso sofrida corresponde ao analito que foi volatilizado.
O método por volatilização só pode ser utilizado se o analito é a única sustância volátil ou se o absorvente é seletivo para o analito.
O item em análise é convertido pelo aquecimento direto da forma onde este se encontra, sendo absorvido por uma substância adequada (para CO2, CaO+NaOH), a massa do item é calculada pela variação da massa da substância absorvente, conforme esquema abaixo.

Figura 1: Esquema de Gravimetria por volatilização.


Vantagens


A análise gravimétrica, se seus métodos são seguidos cuidadosamente, fornece análises excessivamente precisas. Como fato, a análise gravimética foi usada para determinar as massas atômicas de muitos elementos com seis casas decimais de precisão.
Na análise gravimétrica existe pouco espaço para o erro instrumental e não requer uma série de padrões para o cálculo de uma variável desconhecida. Também, os métodos não exigem equipamentos de alto custo. Devido a seu alto grau de precisão, quando realizada corretamente, podendo ser usada para calibrar outros instrumentos em substituição de padrões de referências.

Desvantagens


A análise gravimétrica normalmente somente provê capacidade de determinação para um único elemento, ou um limitado grupo de elementos, de uma vez. Comparação da moderna combustão de flah dinâmico com acoplada com a cromatografia gasosa com análise por combustão tradicional irá mostrar que esta é tanto mais rápida quanto permite a determinação simultânea de múltiplos elementos enquanto a determinação tradicional permitirá a determinação simultânea de carbono e hidrogênio.

Métodos são frequentemente modificados e uma pequena distorção em um passo intermediário em um procedimento pode consequentemente significar desastre para a análise (formação de colóide na precipitação da análise gravimétrica, por exemplo). Comparando-se isto com métodos mais rigorosos, tais como a espectrofotometria e irá se perceber que a análise por este método é muito mais eficiente.

 


GRAVIMETRIA POR PRECIPITAÇÃO QUÍMICA


O analito é convertido numa substância pouco solúvel. O precipitado é filtrado e lavado para remoção de impurezas e convertido, quando necessário, geralmente por meio de um tratamento térmico adequado, em um produto de composição química conhecida. O produto é então pesado.
Nem sempre o precipitado obtido está em uma forma adequada para a pesagem:
1.      O precipitado não possuir uma composição definida.
2.      O precipitado não suportar o processo de dessecação ou secagem por aquecimento.


CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES PRECIPITANTES


Além da especificidade e da seletividade, o reagente precipitante ideal deve reagir com o analito para formar um produto que seja:

1. Facilmente filtrado e lavado para remoção de contaminantes (produto puro)
2. De solubilidade suficientemente baixa para que não haja perda significativa
do analito durante a filtração e a lavagem (precipitado obtido deve ser altamente insolúvel)
3. Não-reativo com os constituintes da atmosfera
4. De composição química conhecida após sua secagem ou, se necessário, calcinação (estável, não higroscópico, não ser volátil)
5. Reação completa nas condições de análise.

A formação dos precipitados é um processo cinético, e o controle da velocidade de formação e de outras condições, em certa extensão, permite conduzir a precipitação de maneira a separar a fase sólida desejada com as melhores características físicas possíveis.

O tamanho da partícula do precipitado é influenciado por variáveis experimentais como:
1.      Solubilidade do precipitado,
2.      Temperatura,
3.      Concentrações dos reagentes
4.      Velocidade com que os reagentes são misturados (agitação).

Vários tipos de precipitados, que se distinguem, principalmente, quanto ao tamanho das partículas, podem se obtidos na análise gravimétrica. O tamanho das partículas é uma característica muito importante, pois dele depende em grande parte, a qualidade do precipitado quanto a filtrabilidade.

Os precipitados constituídos por partículas grandes são desejáveis nos procedimentos gravimétricos porque essas partículas são fáceis de filtrar e de lavar visando à remoção de impurezas, além de serem mais puros que aqueles formados por partículas pequenas.


TIPOS DE PRECIPITADOS

Precipitados cristalinos – são os mais favoráveis para fins da análise gravimétrica. As partículas do precipitado são cristais individuais bem desenvolvidos. Elas são densas e sedimentam rapidamente, são facilmente recolhidos por filtração e, em geral, não se deixam contaminar.

Precipitados pulverulentos ou finamente cristalinos – constituem os agregados de finos cristais. São densos e sedimentam rapidamente. Às vezes, oferecem dificuldades à filtração, pois a presença de pequenos cristais obriga ao uso de filtros com poros pequenos e de filtração lenta.

Precipitados grumosos – resultam da floculação de colóides hidrófobos. São bastante densos, pois eles arrastam pouca água.

Precipitados gelatinosos – resultam da floculação de colóides hidrófilos. São volumosos, tem a consistência de flocos e arrastam quantidades consideráveis de água. Oferecem dificuldades à filtração e lavagem.

Exercícios gerais


1. O teor em alumínio numa amostra pode ser determinado por precipitação como uma base e calcinação a Al2O3, que é pesado. Qual a massa de alumínio numa amostra com 0,2365 g de precipitado calcinado?
Al2O3= mAl2O3 / MM(Al2O3)
Substituindo:
Al2O3= 0,2385 / 101,961 = 2,339 mmol
nAl = 2 nAl2O3 = 4,678 mmol
mAl = nAl * MA(Al) = 4,678 mmol * 26,9815 g/mol = 0,1262 g



2. Uma amostra de 0,4671 g contendo hidrogenocarbonato de sódio foi dissovida e titulada com 40,72 mL de uma solução padrão de HCl 0,1067 M. Sabendo que a reacção é
HCO3+ H+ -> H2O + CO2
calcule a percentagem de bicarbonato de sódio na amostra.
nHCO3= n H+ = [H+] * vH+
Substituindo:
nHCO3- = 4,345 mmol
o que corresponde a uma massa de NaHCO3 =
4,345 mmol * MM(NaHCO3) = 4,345 mmol * 84,007 g/mol = 0,3650 g
A amostra dada é portanto:
0,3650 g / 0,4671 g = 78,14 % NaHCO3


Conclusão

Em suma, concluiu-se que a gravimetria é uma análise quantitativa simples, e de grande importância, pois nos proporciona um resultado rápido, uma grande precisão, além de um menor custo.

Uma análise gravimétrica consiste em utilizar a massa de um determinado produto para calcular a quantidade do analito presente em uma amostra. Neste caso a analito é uma solução contendo uma quantidade desconhecida de sulfato. E uma solução que foi utilizada para que um produto insolúvel fosse formado pela seguinte reação. O produto ideal para uma análise gravimétrica deve ser insolúvel, ter uma composição bem definida, apresentar um elevado grau de pureza, e possuir cristais grandes. E assim, a partir da massa do produto, será possível calcular a quantidade de sulfato presente na amostra.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Importância das Plantas e do Oxigénio


As plantas crescem em quase todas as partes do mundo. Sem elas não haveria vida na Terra, pois fornecem alimento e matérias-primas e produzem oxigênio.
Os cientistas calculam que existam mais de 350 mil espécies de plantas. As menores, as diatomáceas, só podem ser vistas ao microscópio. As maiores que se conhecem são as gigantescas sequoias da Califórnia, nos Estados Unidos. Algumas medem mais de 80 m de altura e têm quase 10 m de diâmetro.


 

 

As plantas

 

As plantas são indispensáveis na nossa vida e na terra, isto porque elas libertam oxigénio, o que permite a respiração da maior parte dos seres vivos. Saiba que toda a vida na terra não existiria se não existissem plantas no planeta, a Terra seria, um planeta sem vida.

Existem grandes variedades de plantas, de vários tamanhos e de feitios diferentes, há também plantas rasteiras como musgo, arbustos, árvores tanto de tamanho médio, como grandes. Algumas têm flor, como a roseira, a amendoeira, e outras não como o musgo e os fetos.

As árvores por outro lado possuem várias raízes, que partem do tronco principal da árvore, estas raízes servem como uma forma de absorção e reserva de alimentos. Para as plantas mais pequenas as raízes, podemos encontrar este sistema de reserva de alimentos no nabo e na cenoura.

A raiz é a parte mais importante de qualquer planta, pois é a partir desta que se dá a recolha e absorção da água e minerais e é nesta que se dá a acumulação das reservas de alimentos, já no caule das plantas, existem vários tipos como: o caule oco que é o do trigo e milho, o do caule maciço é o do agrião e o da macieira, e também o caule aquário que é o da macieira, e o subterrâneo que é o da batateira.

Do caule saem os ramos, as folhas, as flores e os frutos que é a parte aérea da planta, ele também transporta água e sais minerais da raiz até as folhas, e também por todas as outras partes da planta. As plantas persistentes, por outro lado, nunca perdem totalmente as suas folhagens.

A folhagem mais persistente é a do castanheiro, figueira, carvalho, videira, pinheiro, oliveira e a do limoeiro. A folha também fabrica os alimentos da planta, e realiza a respiração e a transpiração da planta. Esta também serve como uma fonte de reserva de alimento e de proteção.


Importância

 

As plantas são a base de sustentação da vida na Terra. São elas que, juntamente com as algas, produzem o oxigénio necessário à respiração dos seres vivos. Ao transformarem a matéria mineral em matéria orgânica, através da fotossíntese, as plantas estão na base das cadeias alimentares. De uma forma direta ou indireta fornecem o alimento aos animais (incluindo o Homem).

Além de constituírem uma fonte de alimento para os seres vivos, as plantas são uma fonte de matérias primas para as mais variadas indústrias. O algodoeiro e o linho são exemplos de plantas essenciais para a indústria têxtil.

A madeira das árvores é utilizada em múltiplas aplicações: construção de casas, barcos, mobiliário e muitos outros utensílios domésticos. A cortiça, extraída do sobreiro, é utilizada não só no fabrico de rolhas mas também de embalagens e na construção civil.
Há uma infinidade de outras importantes utilizações das plantas pelo Homem que poderiam ser referidas. Uma das mais importantes está relacionada com a indústria farmacêutica, uma vez que muitas espécies têm importantes propriedades medicinais.

Como vimos em cima as plantas fornecem ao homem alimentos, vestuário e abrigo – suas necessidades mais importantes. Muitos remédios são extraídos delas. Mas nem todas são úteis ao homem. Algumas espécies crescem nos campos e nos jardins como ervas daninhas que sufocam as plantas úteis.




      
Alimento. O homem come plantas ou seus frutos, como é o caso das maçãs, ervilhas ou batatas. Mas, mesmo quando prefere carnes ou leite, depende das plantas, pois elas, por sua vez, fazem parte da dieta dos animais – boi, vaca, aves e outros – que são abatidos para consumo humano.

Matérias-Primas. As plantas fornecem ao homem muitas matérias-primas importantes. As árvores dão madeira para a construção de casas, móveis e outros artigos. As aparas de madeira servem para fazer papel e produtos derivados. Entre outros produtos extraídos das árvores estão a cortiça, a borracha natural e a terebintina. Em muitos lugares do mundo as pessoas queimam madeira para aquecer suas casas e cozinhar seus alimentos.

As Plantas e o Ciclo da Natureza. Todos os seres vivos estão ligados pelo ciclo da natureza. Esse processo natural fornece o oxigênio para que os seres vivos respirem e o alimento e o calor para mantê-los aquecidos. O Sol fornece a energia que alimenta esse ciclo.

As plantas utilizam a luz solar para fabricar seu próprio alimento e liberam oxigênio durante esse processo. O homem e os animais comem as plantas e respiram o oxigênio. Por sua vez, o homem e os animais expelem gás carbônico. As plantas combinam o gás carbônico com a energia solar para produzir mais alimentos. Depois que as plantas e os animais morrem, entram em processo de decomposição que devolve os minerais ao solo, onde as plantas podem reutilizá-los.

Existem varios tipos de plantas e cada espécie de planta difere entre si de uma ou mais maneiras. Os cientistas classificam em grupos as plantas com características semelhantes. O estudo das plantas é chamado botânica e os cientistas que estudam as plantas são os botânicos.

ONDE VIVEM AS PLANTAS

As plantas podem viver sob condições muito diversas. Liquens e musgos têm sido encontrados em áreas antárticas onde a temperatura raramente se eleva acima de 0°C. Um tipo de alga vive em fontes de água quente com temperaturas de 85°C.

O clima, luz, temperatura e precipitação (chuva, neve derretida e outros tipos de umidade), o solo, as outras plantas e os animais que vivem na mesma área formam comunidades naturais ou biomas.

COMO AS PLANTAS SE REPRODUZEM

As plantas geram novas plantas pela reprodução sexuada ou assexuada. Na reprodução sexuada, uma nova planta se forma pela união de duas células – a masculina e a feminina. As plantas simples reproduzem-se assexuadamente.

Reprodução Sexuada. Envolve a união das células femininas e masculinas. Essas células sexuais podem ser produzidas em diferentes partes da planta ou mesmo em diferentes plantas. Assim, para que a reprodução sexuada tenha lugar, a célula sexual masculina precisa ser transportada para a célula sexual feminina.

Polinização é o processo pelo qual as células masculinas sob a forma de grãos de pólen são transportadas para o ovário para serem fertilizadas. Depois que o óvulo é fertilizado, transforma-se em uma semente. A semente cai então no chão e pode vir a germinar e se transformar em uma planta jovem.

Nas Plantas Floríferas, as partes reprodutoras se encontram nas flores. Os estames da planta são os órgãos reprodutores masculinos. O estame tem uma extremidade mais ampla, chamada antera, que produz o pólen. Para que a fertilização se realize, os grãos de pólen, semelhantes a poeira, precisam alcançar um pistilo, o órgão reprodutor feminino.

Nas Plantas Coníferas, os órgãos de reprodução se encontram nos cones. Uma planta conífera produz dois tipos de cones. O masculino é o menor e mais macio dos dois e contém o pólen. Os femininos são maiores e mais duros e encerram as sementes.

Reprodução Assexuada. Existem quatro processos principais de reprodução assexuada, ou vegetativa, entre os vegetais: divisão celular, gemação, esporulação e propagação vegetativa.

A Divisão Celular é o tipo mais simples de reprodução assexuada. Ocorre quando uma planta unicelular se divide em duas células novas e idênticas. A nova célula cresce até atingir o tamanho da célula original e, então, cada uma delas se divide novamente em outras duas células novas. A maioria das algas e fungos se reproduz por divisão celular.

A Gemação, ou gemulação, é uma forma reprodutiva assexuada observada em unicelulares e em multicelulares. Do corpo surgem brotos que crescem ligados ao organismo inicial, podendo ou não dele se desprender em certa época de sua vida. Vários organismos coloniais se reproduzem dessa forma, como as leveduras e os celenterados hidroides.
Esporulação. Algumas algas e fungos produzem estruturas unicelulares assexuadas chamadas esporos. Cada esporo forma uma planta inteiramente nova.

Propagação Vegetativa. Nesse processo, uma parte de uma planta se desenvolve formando uma nova planta completa. A propagação vegetativa pode ocorrer porque os fragmentos retirados de uma planta formam as outras partes que lhes faltam por um processo chamado regeneração.

Qualquer parte de uma planta a raiz, o caule, a folha ou a flor serve para a propagação de uma nova planta. O morangueiro, por exemplo, tem caules longos e baixos, chamados estolhos. Os estolhos, por sua vez, produzem raízes que dão origem a uma nova muda. Essa muda na realidade faz parte da planta-mãe. As novas mudas formam-se somente quando a muda é separada da planta mãe.


A importância do oxigênio




O oxigênio é o elemento da vida. Ele é responsável por nosso processo de respiração e também está envolvido na fotossíntese das árvores. O oxigênio é um elemento químico de símbolo O. Ele representa aproximadamente 20% da composição da atmosfera terrestre.

O elemento é muito importante na química orgânica. Ele está diretamente envolvido no ciclo energético dos seres vivos, e é essencial na respiração celular dos organismos aeróbicos.

O oxigênio é encontrado no estado gasoso, formando moléculas biatômicas de O2. Esta molécula é formada na fotossíntese das plantas e é utilizada pelos seres vivos na respiração.

O oxigênio líquido reage com praticamente todos os metais, exceto com os metais nobres como ouro e platina. A substância é utilizada como oxidante devido a sua elevada eletronegatividade. O oxigênio líquido também é usado como comburente nos motores de propulsão dos foguetes.

O O2 também tem aplicações industriais nos processos de soldadura e na fabricação de aço e metanol. Na medicina, ele é usado como suplemento em pacientes que apresentam dificuldades respiratórias.

Outra função do O2 é garantir a respiração dos seres humanos em práticas desportivas como o submarinismo. Como podemos notar, o oxigênio é importante em várias atividades humanas e, principalmente, para a manutenção da vida na Terra.

A circulação de substâncias na natureza que são necessárias para a manutenção da vida dos organismos é chamada de ciclo biogeoquímico. Este ciclo envolve todo o caminho percorrido por certo elemento através da biosfera, litosfera, hidrosfera  e atmosfera do planeta Terra. O processo é natural e tem como função principal reciclar os elementos que estão no meio ambiente para serem utilizados pelos organismos e assim sucessivamente. Esses ciclos estão associados aos processos de natureza biológica, hidrológica e geológica. Dentre os principais ciclos biogeoquímicos, temos o da água, do carbono, do fósforo, do nitrogênio e do oxigênio. Veremos este último em especial.

O ciclo do oxigênio



O ciclo do oxigênio é bastante complexo pelo fato de o oxigênio ser um elemento de fundamental importância para os seres vivos e por existir nas mais diferentes combinações de compostos químicos. A atmosfera é onde se encontra maior abundância de oxigênio para uso dos seres vivos, ele pode ser encontrado nela na forma de gás oxigênio, o O2, ou de gás carbônico, o CO2.

O O2  é usado por animais e plantas em suas respirações anaeróbias, nestas, átomos de hidrogênio e oxigênio se combinarão formando moléculas de água, H2O, e os seres a liberarão juntamente com CO2 e energia. Vale atentar que moléculas de água formadas também podem ser liberadas para o meio pela transpiração e excreção. Ainda as moléculas de água quando em parceria com o CO2 ajudam a promover a fotossíntese realizar pelos autótrofos.

Os oxigenados e carbonos em geral que se encontram no CO2 vão agora compor a matéria orgânica do vegetal, que por sua vez liberará o oxigênio à atmosfera através de sua respiração ou até mesmo em sua decomposição.  A água restituída na atmosfera, agora será aproveitada por plantas, aonde irá se romper e voltar mais uma vez para o meio como O2.

O oxigênio, sendo um elemento de diversas funções, também pode formar óxidos quando ligado a metais e também atuar como uma barreira de proteção contra radiações solares intensas, pois compõe a camada de ozônio. Nesta última e importante tarefa, ocorre um processo onde as radiações pequenas quebram moléculas de CO2 presente na atmosfera, assim, se dá a liberação de átomos que ao sofrer reação junto com outras moléculas formam O3 (gás ozônio). A destruição dessa camada de ozônio pode trazer graves consequências diretas aos seres, ou indiretas de longo prazo, por isso a importância de preservar a integridade da camada, evitando usar gases que contribuam com sua destruição.


Conclusão

As plantas desempenham um papel importante na conservação ambiental desde a proteção do solo, da água, da vida animal e até de outros recursos naturais. Ao passo que nas Condições Normais de Temperatura e Pressão, o oxigênio se encontra no estado gasoso, formando moléculas biatômicas de fórmula molecular O2. Essa molécula é formada durante a fotossíntese das plantas que respiram gas carbonico e expelem oxigênio posteriormente, utilizada pelos seres vivos no processo de respiração.


Constituição e função de cada orgão do aparelho digestivo


Na digestão ocorrem fenómenos físicos e químicos.
Os fenómenos físicos consistem nos processos que reduzem os alimentos a partículas progressivamente mais pequenas, aumentando a superfície destes que é exposta aos sucos digestivos.
Os fenómenos químicos da digestão consistem na actuação de substâncias químicas – as enzimas – presentes nos sucos digestivos, que transformam moléculas complexas em moléculas sucessivamente mais simples através de alterações químicas.

 O aparelho digestivo, digesto ou digestório ou ainda sistema digestório é o sistema que, nos humanos, é responsável por obter dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções do organismo, comocrescimento, energia para reprodução, locomoção, etc. É composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização da digestão. Sua extensão desde a boca até o ânus é de 6 a 9 metros em um ser humano adulto.

Constituição e função de cada orgão do aparelho digestivo



No sistema digestivo acontecem acções mecânicas (mastigação e movimentos peristálticos) e químicas (acção da saliva, da bílis e dos sucos gástrico, pancreático e intestinal) ao longo do tubo digestivo, que permitem fazer a digestão.

A digestão permite desdobrar as grandes moléculas dos alimentos em constituintes mais simples, que poderão ser absorvidos pelo sangue e pela linfa.
No Homem, o sistema digestivo é constituído pelo tubo digestivo e pelas glândulas anexas.
O tubo digestivo compreende a boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. As glândulas anexas, responsáveis por secreções importantes na digestão, são as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas.

O tubo digestivo tem cerca de 9 metros de comprimento e duas aberturas para o exterior - a boca, onde o tubo tem o seu início, e o ânus, onde termina.
A boca recebe os alimentos do exterior (ingestão) e inicia a digestão, com a ajuda dos dentes e da língua, formando o bolo alimentar que passa à faringe.
É na faringe que ocorre o fenómeno da deglutição, durante o qual a epiglote fecha a laringe (tubo do aparelho respiratório) e o bolo alimentar desce ao esófago.

As paredes do esófago contraem-se ritmicamente, fazendo os chamados movimentos peristálticos, empurrando o bolo alimentar para o estômago, passando através de um esfíncter que actua como válvula - a cárdia.

Os movimentos peristálticos acontecem no esófago, estômago, intestino delgado e intestino grosso.
O estômago é um órgão, de paredes musculosas, em forma de J e com o volume aproximado de 1,5 litros. É revestido, internamente, por uma camada espessa de pregas gástricas, onde se situam as glândulas gástricas. Estas produzem suco gástrico, constituído por ácidoclorídrico e enzimas digestivas. O bolo alimentar é então transformado em quimo, o qual abandona o estômago, através de outro esfíncter, o piloro, passando ao intestino delgado.

O intestino delgado recebe, através do canal colédoco, as secreções do fígado e do pâncreas, produz suco intestinal, transforma o quimo em quilo, proporciona a absorção de nutrientes e transporta o material não digerido para o intestino grosso.
O intestino delgado inclui o duodeno (primeira parte), o jejuno e o íleo (última parte) e termina o esfíncter íleo-cecal.

A parede do intestino delgado é revestida por vilosidades intestinais (cada uma contendo vasos sanguíneos e um pequeno vaso linfático - o quilífero), que permitem aumentar a superfície de absorção dos nutrientes, facilitando a sua passagem para o sangue e linfa.
O intestino grosso inclui o cego, o cólon e o recto, está ligado ao intestino delgado e termina no ânus que funciona como um duplo esfíncter.

No intestino grosso dá-se a absorção da água e sais minerais, sendo as fezes preparadas e armazenadas para posteriormente ocorrer a defecação.
O cego, que fica logo abaixo da entrada do intestino grosso, tem uma pequena projecção vermiforme - o apêndice - que está sujeito a inflamação dolorosa - a apendicite.
O cólon é composto por três partes - cólon ascendente, cólon transverso e cólon descendente.
O pâncreas é um órgão anexo ao tubo digestivo. Situa-se na cavidade abdominal, abaixo do estômago, tendo funções endócrinas (produz substâncias para o sangue, como a insulina) e exócrinas (lança no intestino delgado o suco pancreático).

O fígado é outro órgão anexo ao tubo digestivo. Situa-se à direita, por cima do estômago, e segrega a bílis, que neutraliza a acidez do quimo e ajuda a emulsionar as gorduras, permitindo a acção das enzimas digestivas. É lançada no intestino delgado, através do canal colédoco e quando não se está a realizar a digestão, é armanezada na vesícula biliar.

As glândulas salivares são glândulas anexas ao tubo digestivo e localizam-se próximo da boca, para onde eliminam a saliva por elas produzida. São em número de três pares e, em função da sua localização, denominam-se parótidas, sublinguais e submaxilares.
A digestão dos alimentos é iniciada na boca, onde se verifica, essencialmente, a mastigação, havendo a quebra das grandes partículas alimentares noutras de menores dimensões que seguidamente são deglutidas. Ao mesmo tempo que o alimento é mastigado, dá-se a mistura deste com a saliva.
A amílase salivar é a enzima da saliva e permite a degradação do amido em maltose, que posteriormente será simplificada em unidades de glicose (principal substrato energético das células), por enzimas específicas, no duodeno.

A amílase salivar apenas actua em situações de pH próximo da neutralidade, motivo pelo qual o pH da boca varia entre os 6 e os 7.4. A sua acção prolonga-se mesmo no decurso do processo de deglutição, até à chegada ao estômago, onde é inactivada pelo pH ácido do suco gástrico.
À excepção da água, dos sais minerais e das vitaminas, que não necessitam de digestão, os nutrientes que não sofreram as necessárias transformações na boca, serão posteriormente digeridas no estômago ou no intestino delgado.


Pertencem ao sistema digestivo o tubo digestivo e os órgãos anexos ou glândulas anexas.
O tubo digestivo é constituído por uma série de órgãos que formam um “tubo” por onde passam os alimentos, durante a sua transformação.
As glândulas anexas, embora não fazendo parte do tubo digestivo, produzem e lançam no seu interior substâncias que têm um papel importante na digestão dos alimentos.


Boca – a boca constitui a primeira parte do aparelho digestivo. É na boca que se inicia a transformação dos alimentos, através da acção dasaliva, da língua e dos dentes.

Glândulas salivares – glândulas anexas produtoras de saliva. Localizam-se perto da boca. São em número de três pares e, em função da sua localização, denominam-se parótidas, sublinguais esubmaxilares.

Esófago – tubo que estabelece a ligação da faringe com o estômago. 

Estômago – órgão do tubo digestivo, com paredes musculosas, que desempenha um papel fundamental na digestão

Fígado – glândula anexa responsável pela produção de bílis – suco que faz a emulsão dos lípidos – que armazena na vesícula biliar.

Vesícula biliar – órgão em forma de saco onde a bílis fica depositada.

Pâncreas – glândula anexa ao sistema digestivo que desempenha uma dupla função secretora. Como glândula exócrina, liberta para o duodeno o suco pancreático. Como glândula endócrina, produz e armazena as hormonas insulina e glucagon, que liberta para a corrente sanguínea.

Intestino delgado – Neste órgão os alimentos são sujeitos a movimentos intestinais, que facilitam a mistura dos alimentos com o suco pancreático, a bílis e o suco intestinal, assim como a sua 
deslocação ao longo deste órgão.

Intestino grosso – as partes dos alimentos que não são absorvidas passam para o intestino grosso e, após várias transformações, são expulsas pelo ânus sob a forma de fezes.

Recto – parte terminal do tubo intestinal.

Ânus – orifício que termina o tubo intestinal e pelo qual as fezes são expelidas.
Os alimentos que ingerimos são física e quimicamente transformados, ao longo do tubo digestivo, em moléculas mais simples e pequenas que podem ser absorvidas. Estas transformações constituem a digestão.
Função do Aparelho Digestivo

O sistema digestório humano  é responsável por tirar dos alimentos que ingerimos todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do nosso corpo. Sua principal função  é partir o alimento em vários pedacinhos até que ele possa ser absorvido pelo organismo, e então aquilo que não é útil ele envia ao sistema excretor para que seja eliminado do nosso corpo. Existem vários órgãos que participam da digestão, eles vão desde a boca até o intestino grosso. Cada um deles possui um nome e uma função diferente, e nenhum deles conseguiria funcionar corretamente sozinho, sem a presença dos outros. A anatomia do sistema digestório segue em uma sequência, percorrendo o caminho que faz o alimento desde que o ingerimos até o momento que o excretamos.


Imagem: Reprodução

Conheça o sistema digestório humano
Boca
A função da boca no sistema digestório é bem maior do que “ingerir o alimento”. Ao contrário do que muitos pensam, a digestão de alguns alimentos já começa na boca, mais precisamente aqueles alimentos formados por amido (pão, macarrão…). Os dentes ajudam a fazer uma transformação física no alimento, “empacotando-o” para que assim possa chegar ao estômago com mais facilidade, já que precisa passar um um tubo estreito. O papel da saliva, além de ajudar a umedecer o alimento para formar o bolo alimentar, ela possui também algumas enzimas que vão iniciar a digestão do amido, transformando-o em maltase, e também vão neutralizar a acidez de algumas comidas para não agredirem o estômago. Também a língua possui uma função importante, a de captar os sabores da comida para estimular a produção de saliva, controlar a diluição do alimento e auxiliar na deglutição.

Faringe e esôfago
Depois de ser mastigado o alimento é engolido, e neste momento ele passa pela faringe e de lá é mandado para o esôfago. Este último consiste em uma espécie de tubo por onde o alimento vai desder até chegar ao estômago. Por ser bastante estreito, o bolo alimentar fica “preso” nas paredes e é necessário que elas façam contínuos movimentos de contração e relaxamento para gerar os movimentos peristálticos, que vão ajudar o alimento a seguir seu caminho.
Imagem: Reprodução

Estômago
O estômago é uma espécie de recipiente vazio que vai armazenar toda a comida que chega, e é lá que o bolo alimentar será misturado um o suco gástrico, que é formado por várias enzimas como a lipase, a pepsina, a renina, o ácido clorídrico, tudo isso vai começar a digerir a maior parte dos alimentos lá presentes. O alimento passa cerca de três horas lá sendo absorvido, e o que sobrar (partes que não podem ser digeridas lá e substâncias para eliminar do corpo) são enviados para o intestino delgado, agora com o nome de “quimo”.



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É no intestino delgado que ocorre a maior parte da absorção de nutrientes pelo corpo. Com a bile, o suco pancreático e o suco intestinal, o que sobrou do alimento (quimo) vai sendo quebrado e absorvido. Por fim sobra uma substância aquosa e esbranquiçada, que é chamada de “quilo”, e é enviada para o intestino grosso para a última parte da digestão.

Existem uma série de órgãos considerados anexos do sistema digestivo, pois participam indiretamente da digestão. Estes órgãos trabalham na produção das enzimas e sucos digestivos para enviá-las ao intestino e assim permitir a digestão. Esses órgãos são:

Fígado – que produz a bile, uma substância importantíssima para a digestão.

Vesícula biliar – armazena a bile produzida no fígado para liberar no estômago quando houver alimento.

Pâncreas – produz o suco pancreático, também muito importante na digestão, mas só entra em ação lá no intestino delgado.


Intestino grosso

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Assim que chega o quilo, a água e os sais minerais serão absorvidos e o que sobrar é considerado como excreto, pois não possui utilidade para o organismo e por isso é enviado para o reto, de lá é excretado do corpo. No intestino grosso também existem várias bactérias da flora intestinal que ajudam na produção de vitaminas, como a K e a B12.