terça-feira, 2 de setembro de 2014

Tipos de Decisoes, Cidadania e Eleições em Angola


Introdução

Durante a infância, quando nossa mente e cérebro ainda estão em desenvolvimento e aprendendo a lidar com o mundo. O propósito das instruções associadas à memória é o de manter ou otimizar a estabilidade interna e o equilíbrio externo: as instruções nos dizem como sobreviver, como se sentir seguro e como proteger nosso auto respeito.

O que são decisoes
Na administração, a tomada de decisão é o processo cognitivo pelo qual se escolhe um plano de ação dentre vários outros (baseados em variados cenários, ambientes, análises e fatores) para uma situação-problema. Todo processo decisório produz uma escolha final. A saída pode ser uma ação ou uma opinião de escolha. Ou seja, a tomada de decisão refere-se ao processo de escolher o caminho mais adequado à empresa, em uma determinada circunstância. 

Tomada de decisão no entanto pode está ligada a diversos fatores internos e externos dentro de uma determinada circunstância, deve ser levada em consideração a repercussão que será gerada no seguimento do ato, podendo também abranger diversas condições dentro de uma empresa, de um âmbito familiar, religioso, no caráter pessoal sociológico e filosófico, desde um simples ato até uma conclusão de maior impacto. Desde os primórdios temos concluído que antes de concretizar um ato, devemos levar em consideração os princípios daquela tomada de decisão.

 Sabendo, ou melhor dizendo, prevendo o desfecho de que aquele ato poderá presentemente ou futuramente ocasionar em uma determinada ação voluntária ou não. Por esse fator uma Tomada de Decisão deve ser estudada, repensada, prevista e analisada anteriormente, calculando hipóteses e destinos futuros, pontos positivos e negativos, de toda e qualquer ocasião a ser discutida e concluída, elaborada com papéis éticos e morais no meio e cotidiano equivalente.

Tomar uma decisão é uma responsabilidade enorme, maior ainda para quem tem pouca experiência de trabalho, existem pessoas que tem facilidade com o processo de tomada de decisão e outras que colocam uma importância que às vezes o problema não merece e acabam por fazer errado, ou criar problema maior.

Saber qual decisão tomar e o momento certo é crucial, isso depende da gravidade e analise que se faz da adversidade, o processo não para, mas isso não justifica um erro no processo causado por falta de estudo do problema.

Antes de tomar uma decisão deve ser feito todo um estudo, um processo de análise para tentar diminuir a chance de que a decisão que foi escolhida seja a errada e acabe resultando em consequências negativas para a empresa.
A necessidade de se tomar decisão ocorre num momento de impasse em que a mais de uma opção a seguir. Cada um de nós toma decisão baseada em aspectos subjetivos, a subjetividade não tem medida perfeita ela é organizada.

Tipos de decisoes

Existem cinco tipos de tomada de decisão. A diferença entre cada tipo de tomada de decisão está na ênfase que é dada a cada um dos quatro componentes da tomada de decisão. Os cinco tipos de tomada de decisão são baseados nos instintos, nas crenças subconscientes, nas crenças conscientes, nos valores e na intuição.

Tomada de Decisão Baseada no Instinto
A tomada de decisão baseada no instinto está associada ao nível celular (DNA) e relacionada, principalmente, a questões de sobrevivência. Por exemplo, os bebês sabem instintivamente como sugar, como chorar quando suas necessidades não são atendidas, e como sorrir para ganhar atenção. Ninguém os ensinou a fazer isso. Está codificado no DNA da espécie. Na vida adulta, a tomada de decisão baseada no instinto entra em ação para nos ajudar a sobreviver e evitar situações perigosas. Em certas situações, nossos instintos podem colocar a nossa vida em risco, para salvar a vida de outra pessoa.
  
As características principais da tomada de decisão baseada no instinto são: a) a ação sempre precede o pensamento – não existe pausa entre gerar o significado e a tomada de decisão para a reflexão, b) as decisões tomadas estão sempre baseadas no passado – o que a história de nossa espécie nos ensinou sobre como sobreviver e nos manter seguros (manter a estabilidade interna e o equilíbrio externo). Essas instruções estão codificadas na memória celular do nosso DNA, e: c) nós não temos controle sobre nossas ações e comportamentos. Eles é que nos controlam.

Tomada de decisão baseada em Crenças Subconscientes

Na tomada de decisão baseada em crenças subconscientes, nós também reagimos àquilo que está acontecendo em nosso mundo sem reflexão, mas com base nas memórias pessoais, ao invés da memória celular (DNA). Nesse tipo de tomada de decisão a ação precede o pensamento.  A ação, em geral, é acompanhada pela liberação de carga emocional. A descarga emocional que acompanha as ações e comportamentos na tomada de decisão baseada em crenças subconscientes pode ser positiva ou negativa. Emoções carregadas de forma negativa geram comportamentos potencialmente limitantes – culpar, competição interna, rivalidade, precaução, etc. Emoções carregadas de forma positiva geram comportamentos construtivos – abertura, confiança, cooperação, honestidade, etc.

Sabemos que estamos funcionando com base nas crenças subconscientes quando ficamos enraivecidos, chateados, sem controle ou nos comportando de forma destrutiva em relação aos outros, ou apenas nos preocupando com nós mesmos. O que está dirigindo esse comportamento são nossas crenças subconscientes baseadas no medo sobre não ter o suficiente, não se sentir seguro ou amado, não se sentir suficiente ou não se sentir respeitado – as crenças centradas no medo associadas aos três primeiros níveis de consciência. Esses tipos de comportamento são sempre acompanhados pela liberação de emoções negativas.

Nós também demonstramos tomadas de decisão baseadas em crenças subconscientes quando apresentamos emoções positivas como lágrimas de alegria e sentimentos de orgulho e felicidade espontânea. Nesses casos, estamos conectados e liberando instruções associadas a memórias pessoais carregadas positivamente. Novamente, a ação precede o pensamento. A tomada de decisão baseada em crenças subconscientes é similar a tomada de decisão baseada em instintos. A única diferença é que as memórias e instruções com as quais estamos nos conectando estão contidas em nossa memória pessoal, e não na celular (espécie).

As principais características da tomada de decisão baseada em crenças subconscientes são:
a)  A ação sempre precede o pensamento – não existe lacuna entre criar significados e tomar decisões para a reflexão;
b)  As decisões que são tomadas são sempre baseadas em experiências do passado – o que a nossa história pessoal nos ensinou sobre como manter ou otimizar a estabilidade interna e o equilíbrio externo no nível individual. Essa história está armazenada em nossa história pessoal;
c)  Nós não estamos no controle de nossas ações e comportamentos. Nesse tipo de tomada de decisão a única maneira de voltar a ter controle consciente é liberando ou reprimindo nossas emoções. A liberação permite que retornemos à nossa racionalidade. A repressão gera estresse e frustração: estamos armazenando energia emocional negativa para liberação futura;
d)  É muito pessoal. Os outros não podem ser consultados para melhorar a criação de significado e dar apoio na tomada de decisão;
e)  Nós estamos sempre funcionando a partir do lado sombrio dos três primeiros níveis de consciência – os comportamentos que demonstramos estão baseados em crenças profundas sobre não sermos capazes de sobreviver com aquilo que temos (não ter o suficiente), não nos sentirmos seguros (não pertencer), ou não nos sentirmos respeitados (não sermos o suficiente).

Tomada de Decisão Baseada em Crenças Conscientes

Se quisermos tomar decisões racionais, precisamos deixar para trás a tomada de decisão baseada em crenças subconscientes e mudar para a tomada de decisão baseada em crenças conscientes. Nós somos capazes de tomar decisões racionais pelo fato de inserirmos uma pausa entre a criação de significado e a tomada de decisão. A pausa nos permite um espaço de tempo para a reflexão e o pensamento, de maneira que possamos usar a lógica para compreender o que está acontecendo, e assim dar um significado para a situação. Nesse tipo de tomada de decisão, a ação é consequência do pensamento.

Nós apenas conseguimos inserir uma pausa se não existe carga emocional associada às memórias que são ativadas pelos eventos do mundo externo. Na tomada de decisão baseada em crenças conscientes, nós temos um espaço de tempo para pensar em qual decisão tomar, dialogar com outros e criar um consenso. Entretanto, a tomada de decisão baseada em crenças conscientes tem uma coisa em comum com a tomada de decisão baseada em crenças subconscientes: ela usa informação baseada em experiências passadas (o que pensamos saber) para tomar decisões sobre o futuro. Ela cria um futuro muito parecido com o passado. No melhor caso, o futuro que criamos é apenas um pouco diferente. Nós estamos usando nossas crenças baseadas em experiências do passado para projetar nossas experiências futuras.

O propósito dos programas de alinhamento ou transformação pessoal deve ser o de facilitar a mudança da tomada de decisão baseada em decisões subconscientes para a tomada de decisão baseada em crenças conscientes, para líderes, gerentes e funcionários. Nós estamos tentando identificar e liberar as crenças limitantes que causam o desconforto emocional e impedem que os líderes, gerentes e funcionários,  possam viver totalmente seus valores e os da organização. Essas são também as crenças limitantes que estão na origem de grande parte da entropia cultural.

Tomada de Decisão Baseada em Valores

Se nós queremos verdadeiramente criar o futuro que queremos viver, precisamos mudar da tomada de decisão baseada em crenças conscientes para a tomada de decisão baseada em valores. Isso não significa que não existe lugar para a tomada de decisão baseada em crenças conscientes baseada na lógica e no pensamento racional. Ele existe. Entretanto, todas as decisões importantes precisam passar pelo teste dos valores.

A questão que precisamos fazer quando tomamos uma decisão é: “Essa decisão é racional e está em alinhamento com nossos valores?”. Se ela não estiver em alinhamento com os seus valores, você deveria repensá-la. Uma decisão que não está alinhada com os valores declarados da organização carece de integridade. Uma decisão que não está alinhada com seus valores pessoais carece de autenticidade. Você não consegue criar coesão pessoal ou de um grupo, tomando decisões que carecem de autenticidade e integridade.

Nós tomamos decisões baseadas em valores para que possamos criar o sentimento que queremos experimentar. Se valorizamos a confiança, tomemos decisões que nos permitam expressar e sentir a confiança. Se valorizamos a responsabilidade, tomemos decisões que nos permitam expressar e sentir a responsabilidade. Quando tomamos decisões baseadas em valores, nós conscientemente criamos o futuro que queremos experimentar. Quando sustentamos uma visão, nós conscientemente tomamos decisões que nos mantêm focados nessa direção. Quando temos uma missão, nós conscientemente tomamos decisões que apóiam a realização dessa missão. Em cada situação nós tomamos decisões que nos ajudam a criar de forma consciente o futuro que queremos experimentar.

A tomada de decisão baseada em valores é diferente da tomada de decisão baseada em crenças conscientes, pois ela não enfatiza a criação de significado. Em outras palavras, não estamos tentando criar uma correspondência entre pacotes de informação que representam nossa experiência atual, com pacotes de informações armazenadas em nossa memória, de maneira que possamos liberar instruções baseadas em experiências passadas. Estamos pegando os pacotes de informação que são criados pelo cérebro e examinando-os pela nossa mente sem julgamentos predeterminados, sobre como devemos responder. Estamos na verdade dizendo a nós mesmos: “Como podemos responder a essa situação expressando nossos valores?”. Nós estamos tentando permitir que nossos valores guiem nosso comportamento, e não nossas crenças. Valores são conceitos universais que transcendem todos os contextos. Crenças, por outro lado, são locais e contextuais.

 O que é surpreendente: as organizações que funcionam com base em seus valores estão entre as de maior sucesso no mundo. Esse é o tema principal nas transformações empresariais de maior sucesso. É também uma das principais conclusões do livro de Collins e Porras “Feitas para Durar: Hábitos de Sucesso de Empresas Visionárias”. Empresas duradouras, de sucesso, vivem seus valores. É também uma das principais descobertas, baseada em oito anos de trabalho com o modelo dos Sete Níveis de Consciência e as Ferramentas de Transformação Cultural. Nós descobrimos que as empresas de maior sucesso são aquelas que apresentam uma consciência de espectro total – elas funcionam com valores positivos, em cada nível de consciência.

Tomada de Decisão Baseada na Intuição

As principais características da tomada de decisão baseada na intuição são as seguintes:
a) a obtenção de dados e o processamento das informações ocorrem de maneira normal;
b) o julgamento está ausente; não há criação de significado, seja de forma consciente ou subconsciente;
c) a mente está vazia; pensamentos, crenças e programações pessoais estão ausentes; d) a mente está livre para mergulhar profundamente no inconsciente coletivo;
e) após um período de reflexão, emergem pensamentos que estão baseados num conhecimento profundo; e
f) os pensamentos refletem sabedoria, estão focados no bem comum, estão alinhados com nossos valores mais profundos e consideram as consequências de longo-prazo. Eles refletem aquilo que quer emergir. 
   
Para a maioria das organizações, a mudança da tomada de decisão baseada em crenças conscientes para a tomada de decisão baseada em valores já é um grande desafio. A mudança subsequente da tomada de decisões com base em valores para a tomada de decisão baseada na intuição é, para muitas, um desafio grande demais. Entretanto, não é necessariamente um desafio grande demais para os líderes e gerentes mais evoluídos de uma organização – aqueles que desenvolveram uma consciência pessoal de espectro total.

O que é diferente nesse tipo de tomada de decisão é que não existe uma tentativa, tanto consciente quanto subconsciente, de criar significado. E não existe um foco nem no passado nem no futuro. A decisão emerge a partir de um estado de “presença”, de um foco no momento presente. Crenças geram decisões baseadas em experiências do passado. Valores nos levam a decisões baseadas em sentimentos que queremos experimentar no futuro. A intuição nos permite criar um futuro baseado na emergência do ser (eu superior). Quando criamos as condições que permitem à nossa mente entrar em contato com espaço mental coletivo, nossa intuição nos comunica aquilo que quer, ou precisa emergir.

Cidadania

Cidadania é o exercício dos direitos estabelecidos na constituição. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos, uma vez que ao cumprirmos nossas obrigações permitimos que o outro exerça também seus direitos.
O conceito de cidadania tem origem na Grécia clássica, sendo usado então para designar os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na cidade e ali participava ativamente dos negócios e das decisões políticas. Cidadania, pressupunha, portanto, todas as implicações decorrentes de uma vida em sociedade.2
Ao longo da história, o conceito de cidadania foi ampliado, passando a englobar um conjunto de valores sociais que determinam o conjunto de deveres e direitos de um cidadão "Cidadania: direito de ter direito.

Em que dia mes e ano foi realizado as primeiras eleiçoes em Angola

Nos anos 1980 e 1986, quando o país se chamava ainda República Popular de Angola, houve eleições parlamentares de acordo com o sistema mono-partidário, vigente na altura. Todos os deputados eleitos eram, naturalmente, do MPLA, único partido com existência legal. Em 1992, quando da passagem de Angola para uma democracia multipartidária e da adopção de uma nova constituição, organizaram-se duas eleições que se realizaram em simultâneo: eleições legislativas e eleições presidenciais. Nas legislativas o MPLA obteve uma clara maioria, mas constituiu-se também uma oposição significativa, composta pela UNITA, a FNLA e alguns partidos com pouca expressão. Nas presidenciais, o candidato do MPLA (e desde 1979 presidente em exercício), José Eduardo dos Santos, ficou a menos de 1% da maioria absoluta requerida para a primeira volta, ficando-se o candidato da UNITA, Jonas Savimbi, por pouco mais de 40%. A segunda volta não chegou a realizar-se, uma vez que a UNITA não reconheceu os resultados eleitorais e retomou a Guerra Civil. José Eduardo dos Santos continuou a exercer as funções de Presidente, e o parlamento eleito passou a funcionar, até com a participação dos deputados da UNITA e da FNLA, embora estes dois movimentos/partidos estivessem em guerra com o MPLA. Em razão da Guerra Civil, não se realizaram as eleições legislativas e presidenciais que, de acordo com a constituição, deviam ter lugar de quatro em quatro anos.
Depois do fim da Guerra Civil, em 2002, o governo levou seis anos até à realização de novas eleições. Em 2008 tiveram lugar eleições legislativas que deram quase 82% ao MPLA, reduzindo a UNITA a cerca de 10% e a FNLA a uma expressão insignificante, ao lado de dois outros pequenos partidos. Com esta maioria qualificada, o MPLA fez adoptar, em 2010, uma nova constituição que, entre outros, já não prevê eleições presidenciais, estipulando ao invés que o cabeça de lista do partido mais votado será doravante automaticamente Presidente do Estado.
As Eleições gerais de Angola de 2012 realizaram-se a 31 de Agosto de2012, sendo as primeiras eleições gerais no país. Havia mais de 4 milhões de eleitores registados, dos quais cerca de 42% votaram e deram ao MPLAuma maioria qualificada na Assembleia Nacional, elegendo por esta via - de acordo com a constituição de 2010 - José Eduardo dos Santos, cabeça de lista dos candidatos do MPLA pelo Círculo Nacional, Presidente da República. 


Conclusão


Numa democracia, as eleições são de fundamental importância, além de representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um péssimo governante pode representar uma queda na qualidade de vida. Sem contar que são os políticos os gerenciadores dos impostos que nós pagamos. Desta forma, precisamos dar mais valor a política e acompanharmos com atenção e critério tudo que ocorre em nossa cidade, estado e país.
O voto deve ser valorizado e ocorrer de forma consciente. Devemos votar em políticos com um passado limpo e com propostas voltadas para a melhoria de vida da coletividade.


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