sábado, 6 de setembro de 2014

Africa Oriental e Ocidental


Introdução

A África é um continente de grandes contrastes. Foi nele que, segundo as evidências científicas de que dispomos hoje, surgiu a espécie humana. Sua população, em 2011, beirava 1 bilhão de habitantes. Para facilitar a navegação dividimos o mapa do continente africano em três partes: Ocidente, Oriente e Sul.

África Oriental

A África Oriental é a parte da África banhada pelo Oceano Índico e inclui, não só os países costeiros e insulares, Comores, Djibouti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Seychelles, Moçambique, Somália e Tanzânia, mas também alguns do interior, como Burundi, Ruanda e Uganda, além de Zimbabwe, Zâmbia e Malawi, herdeiros independentes da antiga Federação da Rodésia e Niassalândia, são igualmente incluídos nesta definição de sub-região estatística da ONU.

Por vezes, Sudão e Egipto são também considerados parte da África Oriental. Além disso, Madagáscar e países da África Austral, são também considerados parte da África Oriental.
A África Austral, também chamada de África Meridional ou Sul de África é a parte sul de África, banhada pelo Oceano Índico na sua costa oriental e pelo Atlântico na costa ocidental.

Organizações regionais

Estes países estão associados em várias organizações:
- No Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA - Common Market of Eastern and Southern Africa),
- Na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC é a sigla do nome da organização em língua inglesa: Southern Africa Development Community),
- Na Comunidade da África Oriental (EAC - East African Community) uma união política, social e económica com uma história que remonta à colonização e que agrupa três estados: Quénia, Tanzânia e Uganda

História da África Oriental

A divisão da África em regiões não se baseia apenas em critérios geográficos, mas também históricos e políticos. É necessário conhecer a história da África para compreender esta região, a África Oriental, tão diversificada e rica em culturas, povos, paisagens naturais e línguas.
Do ponto de vista histórico-geográfico, todos os actuais países africanos que são banhados pelo Oceano Índico – desde a Somália à África do Sul – partilham uma longa história de contactos entre si e povos de outros continentes, principalmente da Ásia, com os quais tiveram relações desde os primeiros tempos da história.

No entanto, essa história de contactos não se limita aos povos que viviam nas regiões costeiras de África, uma vez que era no interior do continente que se encontrava a maior parte dos recursos que faziam parte dum alargado comércio: primeiro, o ouro, depois o marfim e, finalmente, os escravos. Por isso, a “região” incluiu sempre, não só os países costeiros, mas também países como a fértil Etiópia, o rico Zimbabué e o imenso Congo.

Com a colonização europeia da África, a África Oriental passou a ser administrada fundamentalmente pelo governo britânico. Mas com bolsas de dominação para os países que participaram na Conferência de Berlim 1885 – Portugal reteve Moçambique (África Oriental Portuguesa), a Alemanha o Tanganica, e a Bélgica o Congo Belga (hoje República Democrática do Congo), o Ruanda e o Burundi, depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial.

No entanto, mesmo o poderoso Império Britânico precisava de subdividir o seu domínio para melhor o administrar. Uma dessas subdivisões foi a “East Africa High Commission”, que integrava as colónias do Quénia e Uganda; mais tarde, com a derrota da Alemanha na Primeira Grande Guerra, o Tanganica foi também incorporado. Esta subdivisão histórica deu origem à Comunidade da África Oriental, que teve uma história complexa, depois das independências, mas foi recentemente reabilitada pelos três países como uma organização de integração sub-regional.

Para os Estados Unidos, e principalmente para os afro-americanos, a África Oriental é percebida como o conjunto dos países e povos que falam kiSwahili, novamente incluindo não apenas os três países da Comunidade da África Oriental mas também o Ruanda, o Burundi, o leste do Congo e o norte do Malawi e de Moçambique.

África Ocidental
A África Ocidental é uma região no oeste da África, que inclui os países na costa oriental do Oceano Atlântico e alguns que partilham a parte ocidental do deserto do Saara.
Os países que são normalmente considerados parte da África Ocidental são:
Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Tigresa e Togo.
Os países insulares desta região e alguns do Golfo da Guiné, normalmente considerados parte da África Central, são para alguns efeitos, incluídos nesta sub-região:
Camarões, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Gabão e São Tomé e Príncipe.

Antigas fronteiras coloniais formaram a base das atuais fronteiras entre estes países, muitas vezes dividindo culturas e etnias entre vários países.
A sub-subregião que estabelece a transição entre o deserto do Saara e a região equatorial é denominada Baculejo.

Organizações regionais

15 países desta região encontram-se unidos numa organização de integração regional, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ou ECOWAS, da sua denominação em inglês, Economic Community of West African States).
Por outro lado, sete destes países agregam-se na União Económica e Monetária dos Estados da África Ocidental, com a sigla UEMOA, e partilham a mesma moeda, o franco CFA.

Conclusão

A África é o terceiro continente mais extenso (atrás da Ásia e da América) com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. É o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) com cerca de um bilhão de pessoas (estimativa para 2005 ), representando cerca de um sétimo da população mundial, e 54 países independentes.


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