segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Constituição e função de cada orgão do aparelho digestivo


Na digestão ocorrem fenómenos físicos e químicos.
Os fenómenos físicos consistem nos processos que reduzem os alimentos a partículas progressivamente mais pequenas, aumentando a superfície destes que é exposta aos sucos digestivos.
Os fenómenos químicos da digestão consistem na actuação de substâncias químicas – as enzimas – presentes nos sucos digestivos, que transformam moléculas complexas em moléculas sucessivamente mais simples através de alterações químicas.

 O aparelho digestivo, digesto ou digestório ou ainda sistema digestório é o sistema que, nos humanos, é responsável por obter dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções do organismo, comocrescimento, energia para reprodução, locomoção, etc. É composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização da digestão. Sua extensão desde a boca até o ânus é de 6 a 9 metros em um ser humano adulto.

Constituição e função de cada orgão do aparelho digestivo



No sistema digestivo acontecem acções mecânicas (mastigação e movimentos peristálticos) e químicas (acção da saliva, da bílis e dos sucos gástrico, pancreático e intestinal) ao longo do tubo digestivo, que permitem fazer a digestão.

A digestão permite desdobrar as grandes moléculas dos alimentos em constituintes mais simples, que poderão ser absorvidos pelo sangue e pela linfa.
No Homem, o sistema digestivo é constituído pelo tubo digestivo e pelas glândulas anexas.
O tubo digestivo compreende a boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. As glândulas anexas, responsáveis por secreções importantes na digestão, são as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas.

O tubo digestivo tem cerca de 9 metros de comprimento e duas aberturas para o exterior - a boca, onde o tubo tem o seu início, e o ânus, onde termina.
A boca recebe os alimentos do exterior (ingestão) e inicia a digestão, com a ajuda dos dentes e da língua, formando o bolo alimentar que passa à faringe.
É na faringe que ocorre o fenómeno da deglutição, durante o qual a epiglote fecha a laringe (tubo do aparelho respiratório) e o bolo alimentar desce ao esófago.

As paredes do esófago contraem-se ritmicamente, fazendo os chamados movimentos peristálticos, empurrando o bolo alimentar para o estômago, passando através de um esfíncter que actua como válvula - a cárdia.

Os movimentos peristálticos acontecem no esófago, estômago, intestino delgado e intestino grosso.
O estômago é um órgão, de paredes musculosas, em forma de J e com o volume aproximado de 1,5 litros. É revestido, internamente, por uma camada espessa de pregas gástricas, onde se situam as glândulas gástricas. Estas produzem suco gástrico, constituído por ácidoclorídrico e enzimas digestivas. O bolo alimentar é então transformado em quimo, o qual abandona o estômago, através de outro esfíncter, o piloro, passando ao intestino delgado.

O intestino delgado recebe, através do canal colédoco, as secreções do fígado e do pâncreas, produz suco intestinal, transforma o quimo em quilo, proporciona a absorção de nutrientes e transporta o material não digerido para o intestino grosso.
O intestino delgado inclui o duodeno (primeira parte), o jejuno e o íleo (última parte) e termina o esfíncter íleo-cecal.

A parede do intestino delgado é revestida por vilosidades intestinais (cada uma contendo vasos sanguíneos e um pequeno vaso linfático - o quilífero), que permitem aumentar a superfície de absorção dos nutrientes, facilitando a sua passagem para o sangue e linfa.
O intestino grosso inclui o cego, o cólon e o recto, está ligado ao intestino delgado e termina no ânus que funciona como um duplo esfíncter.

No intestino grosso dá-se a absorção da água e sais minerais, sendo as fezes preparadas e armazenadas para posteriormente ocorrer a defecação.
O cego, que fica logo abaixo da entrada do intestino grosso, tem uma pequena projecção vermiforme - o apêndice - que está sujeito a inflamação dolorosa - a apendicite.
O cólon é composto por três partes - cólon ascendente, cólon transverso e cólon descendente.
O pâncreas é um órgão anexo ao tubo digestivo. Situa-se na cavidade abdominal, abaixo do estômago, tendo funções endócrinas (produz substâncias para o sangue, como a insulina) e exócrinas (lança no intestino delgado o suco pancreático).

O fígado é outro órgão anexo ao tubo digestivo. Situa-se à direita, por cima do estômago, e segrega a bílis, que neutraliza a acidez do quimo e ajuda a emulsionar as gorduras, permitindo a acção das enzimas digestivas. É lançada no intestino delgado, através do canal colédoco e quando não se está a realizar a digestão, é armanezada na vesícula biliar.

As glândulas salivares são glândulas anexas ao tubo digestivo e localizam-se próximo da boca, para onde eliminam a saliva por elas produzida. São em número de três pares e, em função da sua localização, denominam-se parótidas, sublinguais e submaxilares.
A digestão dos alimentos é iniciada na boca, onde se verifica, essencialmente, a mastigação, havendo a quebra das grandes partículas alimentares noutras de menores dimensões que seguidamente são deglutidas. Ao mesmo tempo que o alimento é mastigado, dá-se a mistura deste com a saliva.
A amílase salivar é a enzima da saliva e permite a degradação do amido em maltose, que posteriormente será simplificada em unidades de glicose (principal substrato energético das células), por enzimas específicas, no duodeno.

A amílase salivar apenas actua em situações de pH próximo da neutralidade, motivo pelo qual o pH da boca varia entre os 6 e os 7.4. A sua acção prolonga-se mesmo no decurso do processo de deglutição, até à chegada ao estômago, onde é inactivada pelo pH ácido do suco gástrico.
À excepção da água, dos sais minerais e das vitaminas, que não necessitam de digestão, os nutrientes que não sofreram as necessárias transformações na boca, serão posteriormente digeridas no estômago ou no intestino delgado.


Pertencem ao sistema digestivo o tubo digestivo e os órgãos anexos ou glândulas anexas.
O tubo digestivo é constituído por uma série de órgãos que formam um “tubo” por onde passam os alimentos, durante a sua transformação.
As glândulas anexas, embora não fazendo parte do tubo digestivo, produzem e lançam no seu interior substâncias que têm um papel importante na digestão dos alimentos.


Boca – a boca constitui a primeira parte do aparelho digestivo. É na boca que se inicia a transformação dos alimentos, através da acção dasaliva, da língua e dos dentes.

Glândulas salivares – glândulas anexas produtoras de saliva. Localizam-se perto da boca. São em número de três pares e, em função da sua localização, denominam-se parótidas, sublinguais esubmaxilares.

Esófago – tubo que estabelece a ligação da faringe com o estômago. 

Estômago – órgão do tubo digestivo, com paredes musculosas, que desempenha um papel fundamental na digestão

Fígado – glândula anexa responsável pela produção de bílis – suco que faz a emulsão dos lípidos – que armazena na vesícula biliar.

Vesícula biliar – órgão em forma de saco onde a bílis fica depositada.

Pâncreas – glândula anexa ao sistema digestivo que desempenha uma dupla função secretora. Como glândula exócrina, liberta para o duodeno o suco pancreático. Como glândula endócrina, produz e armazena as hormonas insulina e glucagon, que liberta para a corrente sanguínea.

Intestino delgado – Neste órgão os alimentos são sujeitos a movimentos intestinais, que facilitam a mistura dos alimentos com o suco pancreático, a bílis e o suco intestinal, assim como a sua 
deslocação ao longo deste órgão.

Intestino grosso – as partes dos alimentos que não são absorvidas passam para o intestino grosso e, após várias transformações, são expulsas pelo ânus sob a forma de fezes.

Recto – parte terminal do tubo intestinal.

Ânus – orifício que termina o tubo intestinal e pelo qual as fezes são expelidas.
Os alimentos que ingerimos são física e quimicamente transformados, ao longo do tubo digestivo, em moléculas mais simples e pequenas que podem ser absorvidas. Estas transformações constituem a digestão.
Função do Aparelho Digestivo

O sistema digestório humano  é responsável por tirar dos alimentos que ingerimos todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do nosso corpo. Sua principal função  é partir o alimento em vários pedacinhos até que ele possa ser absorvido pelo organismo, e então aquilo que não é útil ele envia ao sistema excretor para que seja eliminado do nosso corpo. Existem vários órgãos que participam da digestão, eles vão desde a boca até o intestino grosso. Cada um deles possui um nome e uma função diferente, e nenhum deles conseguiria funcionar corretamente sozinho, sem a presença dos outros. A anatomia do sistema digestório segue em uma sequência, percorrendo o caminho que faz o alimento desde que o ingerimos até o momento que o excretamos.


Imagem: Reprodução

Conheça o sistema digestório humano
Boca
A função da boca no sistema digestório é bem maior do que “ingerir o alimento”. Ao contrário do que muitos pensam, a digestão de alguns alimentos já começa na boca, mais precisamente aqueles alimentos formados por amido (pão, macarrão…). Os dentes ajudam a fazer uma transformação física no alimento, “empacotando-o” para que assim possa chegar ao estômago com mais facilidade, já que precisa passar um um tubo estreito. O papel da saliva, além de ajudar a umedecer o alimento para formar o bolo alimentar, ela possui também algumas enzimas que vão iniciar a digestão do amido, transformando-o em maltase, e também vão neutralizar a acidez de algumas comidas para não agredirem o estômago. Também a língua possui uma função importante, a de captar os sabores da comida para estimular a produção de saliva, controlar a diluição do alimento e auxiliar na deglutição.

Faringe e esôfago
Depois de ser mastigado o alimento é engolido, e neste momento ele passa pela faringe e de lá é mandado para o esôfago. Este último consiste em uma espécie de tubo por onde o alimento vai desder até chegar ao estômago. Por ser bastante estreito, o bolo alimentar fica “preso” nas paredes e é necessário que elas façam contínuos movimentos de contração e relaxamento para gerar os movimentos peristálticos, que vão ajudar o alimento a seguir seu caminho.
Imagem: Reprodução

Estômago
O estômago é uma espécie de recipiente vazio que vai armazenar toda a comida que chega, e é lá que o bolo alimentar será misturado um o suco gástrico, que é formado por várias enzimas como a lipase, a pepsina, a renina, o ácido clorídrico, tudo isso vai começar a digerir a maior parte dos alimentos lá presentes. O alimento passa cerca de três horas lá sendo absorvido, e o que sobrar (partes que não podem ser digeridas lá e substâncias para eliminar do corpo) são enviados para o intestino delgado, agora com o nome de “quimo”.



Imagem: Reprodução

É no intestino delgado que ocorre a maior parte da absorção de nutrientes pelo corpo. Com a bile, o suco pancreático e o suco intestinal, o que sobrou do alimento (quimo) vai sendo quebrado e absorvido. Por fim sobra uma substância aquosa e esbranquiçada, que é chamada de “quilo”, e é enviada para o intestino grosso para a última parte da digestão.

Existem uma série de órgãos considerados anexos do sistema digestivo, pois participam indiretamente da digestão. Estes órgãos trabalham na produção das enzimas e sucos digestivos para enviá-las ao intestino e assim permitir a digestão. Esses órgãos são:

Fígado – que produz a bile, uma substância importantíssima para a digestão.

Vesícula biliar – armazena a bile produzida no fígado para liberar no estômago quando houver alimento.

Pâncreas – produz o suco pancreático, também muito importante na digestão, mas só entra em ação lá no intestino delgado.


Intestino grosso

Imagem: Reprodução


Assim que chega o quilo, a água e os sais minerais serão absorvidos e o que sobrar é considerado como excreto, pois não possui utilidade para o organismo e por isso é enviado para o reto, de lá é excretado do corpo. No intestino grosso também existem várias bactérias da flora intestinal que ajudam na produção de vitaminas, como a K e a B12.

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