terça-feira, 2 de setembro de 2014

Sintática e Fonética

Introdução
Em se tratando de ambos os temas, indiscutivelmente revelam sua extrema importância. Estando, portanto, aptos a integrarem os nossos conhecimentos, uma vez que se relacionam a duas partes relevantes da gramática  à sintatica e à fonetica. 

Sintática

A sintática caracteriza-se como uma particularidade essencial aos exigidos gramaticais cuja finalidade se atém ao estudo das palavras de acordo com a função que elas desempenham em meio a um determinado contexto linguístico. E para que possamos identificar tal função, torna-se necessário conhecermos acerca de todos os elementos sintáticos, representados por: sujeito, predicado, complemento nominal e verbal, adjunto adnominal, vocativo, aposto, agente da passiva, entre outros.

Elementos essenciais da oração

Sujeito

Sujeito: aquele que desempenha a acção. Tipos de Sujeito:
                 
a) Sujeito Simples é expresso em um só núcleo

Exemplos:
   O meu cão gosta de brincar com as crianças.
   O Pedro passou de ano.
   Lisboa é banhada pelo rio Tejo.
   Aqueles meninos brincaram toda a tarde.
   Nós trabalhamos todos os dias.
   O relógio da torre próxima bateu as nove horas.


    b) Sujeito composto
 é expresso, pelo menos, por dois núcleos, separados por vírgula ou pela copulativa “e”.

Exemplos:
   O cão e o gato gostam de brincar com as crianças.
   O Pedro e a Maria passaram de ano.
   Lisboa e Setúbal são banhadas por rios.
   Eu, tu e ele trabalhamos todos os dias.

                    
c) Sujeito Subentendido não é expresso (é inexpresso) porque se subentende o agente da acção que aparece expresso em frase anterior ou posterior à frase em causa, quando não se refere às primeiras pessoas gramaticais (Eu e Nós)

Exemplos:
   Os meus pais saíram à noite; foram ao cinema.

A primeira frase explicita o sujeito. Por isso, na segunda frase, é desnecessário explicitá-lo novamente por ser o mesmo. Passa, assim, a estar subentendido através da forma verbal que corresponde à mesma pessoa gramatical (3ª pessoa do plural).

     d) Sujeito Indeterminado distingue-se do sujeito subentendido, porque não vem expresso anterior ou posteriormente à frase em causa, visto o sujeito não interessar tanto quanto a acção em causa. É ela (a acção) que se torna centro das atenções da frase:

 Exemplos:
   (...) Assaltaram hoje muitas lojas na baixa.
Não só se desconhece o sujeito da acção, como aquilo que se pretende realçar é o assalto às lojas, o acontecimento em si.

 Disse-se muita asneira naquela palestra.
A partícula “se” denominada “índice de indeterminação do sujeito” tem o mesmo valor que a forma verbal na 3ª pessoa do plural na frase acima: o que interessa é a acção – o ter-se dito asneiras e não quem as disse.

        e) Sujeito Inexistente existem verbos que não possuem sujeito; são eles verbos que expressam os fenómenos da natureza.
Exemplos:
   Trovejou muito esta tarde.
   Ventou toda a noite.
   Está a chover muito.


Predicado

-Predicado Nominal é constituído por um verbo copulativo ou de significação indefinida, isto é, que necessita de ser acompanhado de um nome, um pronome, um adjectivo, um advérbio, que referindo-se ao sujeito, completa a sua significação.

Exemplos:   
    O chocolate é saboroso.
   O Miguel continua doente.
   A tua mãe está bem.

 - Predicativo do Sujeito é a função sintáctica desempenhada pela palavra ou expressão que se junta aos verbos copulativos ou de significação indefinida.
      Ex: O Paulo parece triste.

-Predicado Verbal
é constituído por um verbo de que por si só pode constituir predicado seguido ou não de complemento.

Exemplos:
   O aluno estuda.
   A Maria leu o livro.
   O João telefonou à namorada.

É constituído por um verbo significativo, que podem ser intransitivos ou transitivos. Verbos intransitivos são aqueles que possuem sentido completo, não carecendo, por isso, de qualquer complemento.

O meu sobrinho já nasceu. Verbos transitivos são aqueles que, possuindo embora significação, se revelam insuficientes para exprimir integralmente a acção, precisando, portanto, de ser completados.

Esse complemento pode ligar-se directamente ao verbo (complemento directo) ou por intermédio de uma preposição (complemento indirecto). Em alguns casos o verbo exige os dois tipos.

Os rapazes jogam futebol. (CD - "futebol")
O presidente falou ao país. (CI - "ao país")
A Maria escreveu uma carta à tia. (CD - "uma carta", CI - "à tia")

         - Complemento Directo é a palavra ou palavras que designam o objecto sobre o qual recai directamente a acção significada pelo verbo.
                                                           O quê?
                                         Construí uma casa.     
     Os Portugueses difundiram a língua por toda a parte. 
                                          Amo a honestidade.

         - Predicativo do complemento directo alguns verbos pedem, além do complemento directo, uma palavra ou expressão equivalente que, completando a sua significação, qualifica aquele complemento.

Exemplos:
   Encontrei-o pensativo.
   Considerava-o como um filho.

- Pedem predicativo do complemento directo os verbos transitivos (quando estiverem na voz activa): Achar, chamar, considerar, nomear, declarar, denominar, tornar, …

           - Complemento Indirecto é a palavra ou expressão que designa a pessoa ou coisa sobre a qual indirectamente recai a acção expressa pelo verbo.
                                       A quem?
                        Emprestei-lhe um livro.                   
                     Dou aula aos alunos.




Elementos acessórios da oração


            - Complemento Circunstancial designa uma circunstância ocasional da acção do verbo.
  • de modo : Lê com atenção.
  • de lugar: Nasceu em Lisboa. Vou para Paris.
  • de fim: Trabalha para viver.
  • de tempo: Chegou a casa ontem.
  • de companhia: Vive com a família.
  • de meio: Viaja de comboio.
  • de causa: Caiu de fraqueza.

             - Atributo
é o adjectivo que se junta imediatamente ao nome para o qualificar.

Exemplos:
   Homem alto.
   Lemos um livro magnífico.
   A rapariga triste olhava o mar.
  
            - Aposto 
é o nome (ou expressão equivalente) que se junta a outro nome para lhe acrescentar alguma informação.

Exemplo:
   O Luís, irmão da Ana, faltou à aula.

            - Agente da Passiva é o complemento que indica o responsável pela prática da acção na forma passiva das frases. O nome que designa o agente vem, geralmente, regido da preposição por.

Exemplos:
   O bolo foi feito pela Mónica.
   O automóvel é conduzido pelo pai.
  
         - Complemento Determinativo é o complemento introduzido pela preposição de, que acrescenta alguma indicação ao nome que o precede.

Exemplo:
   O livro de Ciências tem imagens lindas.

          - Vocativo é o complemento que designa o nome da pessoa, animal ou coisa personificada, a quem nos dirigimos.

Exemplos:
   - Ó Catarina, chega aqui
   - Tens razão, Mariana.
   - Artur ! - chamou o pai


Fonética

A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo ser humano, para efetivar a comunicação. Diferentemente da escrita, que conta com vogais e consoantes, a Fonética se ocupa dos fonemas (sons); são eles as vogais, as consoantes e as semivogais.
Vogal são as cinco já conhecidas a, e, i, o, u quando funcionam como base de uma sílaba. Em cada sílaba há apenas uma vogal. 
Consoante é qualquer fonema caracterizado por alguma obstrução ou constrição em um ou mais pontos dotracto vocal. B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y, Z.
Semivogal são as letras e, i, o e u quando formarem sílaba com uma vogal, antes ou depois dela, e as letras m e n, nos grupos AM, EM e EN, em final de palavra somente em final de palavra.
Ressôo Nasal quando estiverem após vogal, na mesma sílaba que ela, excetuando os três grupos acima. Indica que o M e o N não são pronunciados, apenas tornam a vogal nasal, portanto haverá duas letras (a vogal + M ou N) com um fonema só (a vogal nasal).

Encontros Vocálicos

É o agrupamento de vogais e semivogais. Há três tipos de encontros vocálicos:
Hiato é o agrupamento de duas vogais, cada uma em uma sílaba diferente.
Lu-a-na, a-fi-a-do, pi-a-da
Ditongo é o agrupamento de uma vogal e uma semivogal, em uma mesma sílaba. Quando a vogal estiver antes da semivogal, chamaremos de Ditongo Decrescente, e, quando a vogal estiver depois da semivogal, de Ditongo Crescente. Chamaremos ainda de oral e nasal, conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou pela boca.
Cai-xa = Ditongo decrescente oral.
Cin-quen-ta = Ditongo crescente nasal, com a ocorrência do Ressôo Nasal.
Tritongo é o agrupamento de uma vogal e duas semivogais. Também pode ser oral ou nasal.
A-guei = Tritongo oral.
Á-guem = Tritongo nasal, com a ocorrência da semivogal m.
Além desse três, há dois outros encontros vocálicos importantes:
Iode é o agrupamento de uma semivogal entre duas vogais. São aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu, em qualquer lugar da palavra - começo, meio ou fim. Foneticamente, ocorre duplo ditongo ou tritongo + ditongo, conforme o número de semivogais. A Iode será representada com duplo Y: ay-ya, ey-ya, representando o "y" um fonema apenas, e não dois como possa parecer. A palavra vaia, então, tem quatro letras (v - a - i - a) e quatro fonemas (v - a - y - a), sendo que o "y" pertence a duas sílabas, não havendo, no entanto, "silêncio" entre as duas no momento de pronunciar a palavra.
Vau O mesmo que a Iode, porém com a semivogal W.
Pi-au-í é Vau, com a representação fonética Pi-aw-wi. Com o "w" ocorre o mesmo que ocorreu com o "y", ou seja, representa um fonema apenas.
Ocorrem, também, na Língua Portuguesa, encontros vocálicos que ora são pronunciados como ditongo, ora como hiato. São eles:
Sinérese são os agrupamentos ae, ao, ea, ee, eo, ia, ie, io, oa, oe, ua, ue, uo, uu.
Ca-e-ta-no, Cae-ta-no; ge-a-da, gea-da; com-pre-en-der, com-preen-der; Na-tá-li-a, Na-tá-lia; du-e-lo, due-lo; du-un-vi-ra-to, duun-vi-ra-to.
Diérese são os agrupamentos ai, au, ei, eu, iu, oi, ui.
re-in-te-grar, rein-te-grar; re-u-nir, reu-nir; di-u-tur-no, diu-tur-no.
Obs: Há palavras que, mesmo contendo esses agrupamentos não sofrem sinérese ou diérese. Há que se ter bom senso, no momento de se separarem as sílabas. Nas palavras rua, tia, magoa, por exemplo, é claro que só há hiato.

Encontros Consonantais

É o agrupamento de consoantes. Há três tipos de encontros consonantais:

Encontro Consonantal Puro é o agrupamento de consoantes, lado a lado, na mesma sílaba. Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na.
Encontro Consonantal Disjunto é o agrupamento de consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes.  ap-to, cac-to, as-pec-to.
Encontro Consonantal Fonético é a letra x com som de ks.
Maxi, nexo, axila = maksi, nekso, aksila.

Dígrafos

Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema. Os principais dígrafos são rr, ss, sc, sç, xc, xs, lh, nh, ch, qu, gu. Representam-se os dígrafos por letras maiores que as demais, exatamente para estabelecer a diferença entre uma letra e um dígrafo. Qu e gusó serão dígrafos, quando estiverem seguidos de e ou i, sem trema. Os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs têm suas letras separadas silabicamente; lh, nh, ch, qu, gu, não.
arroz = ar-roz - aRos;
assar = as-sar - aSar;
nascer = nas-cer - naSer;
deo = des-ço - deSo;
exceção = ex-ce-ção - eSesãw;
exsudar = ex-su-dar - eSudar;
alho = a-lho - aĹo;
banho = ba-nho - baÑo;
cacho = ca-cho - kaXo;
querida = que-ri-da - Kerida;
sangue = san-gue - sãGe.
Dígrafo Vocálico  é o outro nome que se dá ao Ressôo Nasal, pelo fato de serem duas letras com um fonema vocálico.
sangue = san-gue – sãGe.

Conclusão
Em suma o domínio é fundamental na descrição dos sons de uma língua. Quer isto dizer que facultam instrumentos de descrição e análise para a manifestação mais evidente de uma língua, a sua pronúncia. todos os requisitos dos quais devemos dispor quando o assunto diz respeito à produção textual. De forma indiscutível, em se tratando da modalidade escrita da linguagem, tal pressuposto parece “soar” ainda com mais intensidade. Seu aspecto valorativo não somente no que tange à escrita, acima de tudo, mas também no que diz respeito à modalidade oral.

Bibliografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fon%C3%A9tica
http://www.portugues.com.br/redacao/organizacao-sintatica.html
http://profpaulo.weebly.com/funccedilotildees-sintaacuteticas.html
http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=17832

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fonética

Sem comentários:

Enviar um comentário